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Reitoria ouve comunidade acadêmica nos campi

  • Escrito por Heleno Rocha Nazário
  • Publicado: Terça, 13 de Maio de 2025, 08h58
  • Última atualização em Terça, 13 de Maio de 2025, 09h30
  • Acessos: 1873

A Reitoria da UFSB percorreu os campi Jorge Amado (CJA, em Ilhéus), Paulo Freire (CPF, em Teixeira de Freitas) e Sosígenes Costa (CSC, em Porto Seguro) durante a semana de 05 a 09 de maio. Em pauta, informes e propostas a partir da gestão e um movimento de escuta das demandas da comunidade universitária, contemplando docentes, discentes, técnicos-administrativos e terceirizados. A agenda compreendeu também momentos como o encontro com estudantes da República do Congo, participantes do programa PEC PLE, e uma reunião online com a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESU/MEC).

A comitiva da Reitoria foi composta pela reitora, professora Joana Angélica Guimarães da Luz; o pró-reitor de Gestão Acadêmica, professor Francesco Lanciotti Jr.; a pró-reitora de Extensão e Cultura, professora Grasiely Faccin Borges; e o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, professor Nadson Ressye Simões. No Campus Jorge Amado, essa equipe contou também com o pró-reitor de Ações Afirmativas, professor Sandro Ferreira, que nos demais dias esteve cumprindo agenda na coordenação do Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace).

Demandas gerais e questões peculiares

Alguns temas se mostraram presentes a partir da comunidade acadêmica em todos os campi. Dentre eles, as dificuldades com diversos trâmites para pesquisa, extensão e compras de materiais e serviços; a necessidade de mais vagas de técnicos e de docentes; de novos equipamentos como computadores e multimídia e mobiliário; capacitação de docentes para atuação dentro dos processos e definições da UFSB.

Outro ponto constante foi a diferença de expectativas entre servidores e estudantes, que resulta em algumas dificuldades de colaboração. Os novos editais de extensão foram apreciados em diferentes manifestações, com elogios e algumas sugestões para as próximas edições.

Além desses, questões mais particulares a cada categoria e campus foram apresentadas para os representantes da gestão da universidade, como espaços físicos especializados e recursos para atividades de ensino próprias de alguns cursos.

 

Informes da Reitoria

Do ponto de vista da Reitoria, informes gerais foram repassados em cada reunião. A reitora Joana Angélica relatou impressões e resultados das viagens à Turquia e aos Estados Unidos, destacando o interesse de instituições estrangeiras em firmar acordos de cooperação com a UFSB.

O tópico do campus em Jequié foi outra constante nas conversas. A reitora explicou que o aceite da missão de estabelecer esse quarto campus resultou de uma negociação que contempla mais vagas de servidores e recursos para avanço das obras já encaminhadas nos três campi já existentes.

Ela também relatou que há a previsão de recebimento de mais 75 vagas de técnicos para reforçar o quadro de servidores, com mais detalhes a serem divulgados em breve. A demanda por mais códigos de vaga para servidores docentes depende de avanço de definições no Congresso Nacional, conforme a reitora, que espera ter novidades positivas em curto prazo. A reitora anunciou durante a viagem a concessão da aceleração de progressões para os servidores técnicos-administrativos.

A reitora promoveu a discussão sobre os contornos de uma reorganização administrativa que dê conta de questões antigas, como a ausência de apoio administrativo dentro das estruturas dos Centros de Formação, a lotação de técnicos de laboratório nas unidades acadêmicas (ao invés das coordenações administrativas de campus) e a alteração na estrutura de gestão dos campi. O tema foi presente em todas as reuniões, sem caráter deliberativo. O intuito foi promover o diálogo sobre o novo desenho a adotar.

A realização de um evento institucional tematicamente ligado à COP 2025, chamado pela reitora de COP Mata Atlântica, foi comentado como oportunidade de construir propostas com a sociedade regional visando políticas efetivas. As demandas ambientais e climáticas seriam focalizadas com base no que se percebe no território.

Nas áreas acadêmicas, o pró-reitor Francesco Lanciotti informou que a Diretoria de Ensino e Aprendizagem vai ficar encarregada de trabalhar em uma proposta para a rede de colégios universitários. Ele anunciou a próxima edição do Seminário em Rede e, em conjunto com a pró-reitora de Extensão, deve trabalhar em refinamentos do processo de inclusão dos componentes curriculares de extensão, de modo a superar resistências e otimizar os trâmites. As ações de formação docente também passarão pela pró-reitoria, de modo que a categoria terá capacitações sobre sistemas, trâmites e políticas institucionais.

A pró-reitora Grasiely repassou informes sobre capacitação de servidores e estudantes para os próximos editais de extensão e sobre os eventos institucionais que estão por vir, já previstos no calendário acadêmico, como o Congresso de Extensão e Cultura (CONEX), Fórum de Cultura e a SNCT. Já no escopo da PROPPG, o pró-reitor Nadson falou sobre os próximos editais, considerando o contingenciamento orçamentário que as universidades enfrentam, bem como a melhoria nos fluxos de tramitação das propostas submetidas para fomento à pesquisa.

 

Campus Jorge Amado

As reuniões se iniciaram pelo CJA, ao longo do dia 05. Pela manhã, o encontro foi com os decanos do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) e dos Centros de Formação. 

 Os decanos indicaram questões ligadas à dificuldade de adquirir equipamentos no atual modelo de compras. As eleições para renovação de parte dos decanatos foram indicadas, bem como a necessidade de uma formação docente, como um seminário pedagógico, desenhado para preparar professoras e professores para atuar dentro da universidade. As interrupções de fornecimento de água e de energia elétrica no CJA e o cenário de dificuldade com o transporte de estudantes para o campus também foram apontados.

À tarde, foi a vez dos setores administrativos do campus. Um dos pontos destacados pela reitora foi a reorganização administrativa, tópico presente nas demais reuniões da semana. Conforme a reitora, é importante que todas as pessoas tenham em mente que campi e reitoria integram a mesma instituição e que os campi têm necessidades distintas conforme os cursos e dinâmicas em cada lugar. A ausência de técnicos como coordenadores de projetos em editais da extensão, apontada na reunião, foi respondida pela pró-reitora como ponto a ser reavaliado para as próximas edições.

Também se falou dos desafios de entendimento entre as categorias, um tópico a ser abordado em um seminário de formação docente. Os editais de remoção antes do concurso de técnicos também forma pontos de preocupação dos técnicos. Outro ponto listado no CJA foi a questão dos cursos noturnos, que acumulam muitos alunos, o que seria causa de esvaziamento de cursos matutinos.

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Campus Paulo Freire

Em seguida, a comitiva se deslocou para o CPF, com reuniões nos dias 06 e 07 de maio. O primeiro compromisso do dia 06 foi uma reunião com a comissão gestora do campus, composta pelo decano, professor Frederico Neves, a vice-decana Lívia Lemos, e o coordenador administrativo, Paulo Afonso Borges Jr., no Bloco Pedagógico (complexo II do CPF). Após os informes da reitoria, o tema da discussão da reorganização administrativa foi retomado, com foco no redesenho do organograma dos campi. A comissão gestora do CPF também mencionou a necessidade de mais vagas de servidores, de equipamentos como computadores e kits multimídia e mobiliário.

PROEX e PROPPG repassaram seus informes, bem como a PROGEAC. Um dos pontos foi a necessidade de que o planejamento das atividades letivas seja feito considerando a liberação das turmas para os dias de eventos institucionais como CONEX e SNCT, permitindo que mais discentes possam participar das programações.

A atividade seguinte foi a reunião com o Centro Acadêmico de Medicina. A representação discente expôs demandas sobre urbanização do campus, melhorias de infraestrutura, compra de recursos didáticos para etapas preparatórias para a prática hospitalar. Outra demanda se referiu ao apoio da gestão para a oferta de refeições aos internos de Medicina e para a manutenção do espaço de prática hospitalar no hospital Costa das Baleias. Câmeras de segurança no campus e mudanças na avaliação dos módulos de estágio e internato completaram a lista de questões apresentadas à gestão.

A noite de reuniões do dia 06 de maio foi concluída com uma reunião com a coordenação do Diretório Central de Estudantes da UFSB. A representação pediu mais detalhes sobre o funcionamento da bolsa permanência para indígenas e quilombolas do MEC, no que foi orientada dentro do possível pela comitiva da reitoria. A cessão de um espaço para que o DCE construa um redário, para espaço de descanso de estudantes, foi apresentada. O DCE também falou sobre um projeto de extensão que leve cursos da Casa de Cultura para dentro do Campus Paulo Freire.

O dia 07 de maio começou com um encontro com a equipe do Centro de Formação em Desenvolvimento Territorial (CFDT). Após os informes da reitoria, os temas apresentados foram a ideia de cursos superiores em tecnologia (CST); o aprimoramento dos trâmites para concursos docentes, observando a duração das fases presenciais com eficiência e economicidade para os participantes. A reforma administrativa foi apresentada como discussão importante, de modo que os decanatos passem a contar com mais apoio administrativo direto. Os participantes abordaram os desafios para a curricularização da extensão, ponto em que PROEX e PROGEAC irão colaborar para que os trâmites sejam mais fluidos e coerentes.

Em seguida, em reunião com o IHAC CPF, a gestão recebeu informes de demandas dos docentes. Dentre elas, mais espaços laboratoriais, melhoria dos sistemas, a solução das dificuldades enfrentadas nos colégios universitários e a experiência do programa Universidade Para Todos (UPT) para a população regional.

À tarde, no complexo I do CPF, a comitiva da reitoria dedicou um momento para conversar com a equipe de técnicos e terceirizados do campus. Os participantes relataram suas demandas e contribuições para o tema da reforma administrativa.

No retorno ao complexo II do CPF, no fim da tarde, a reitora e os pró-reitores atenderam outros compromissos em separado. A reitora encontrou os estudantes da República do Congo que estão em intercâmbio no campus, aprendendo o idioma português, em preparação para participar do programa PEC PLE. Na atividade, a reitora Joana Angélica foi acompanhada pela chefe do Setor de Mobilidade Acadêmica Internacional da Assessoria de Relações Internacionais, professora Ana Carolina Justiniano Melotti. Na sequência, a professora Joana participou de reunião online das gestões das dez universidades novíssimas e supernovas com a Secretaria de Ensino Superior do MEC.

 

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Campus Sosígenes Costa

A agenda de reuniões foi concluída nos dias 08 e 09 no CSC. Na reunião com os decanatos do campus na tarde do dia 08, após os informes da Reitoria, as demandas apresentadas à gestão dizem respeito à necessidade de mais equipamentos para salas de aula e espaços laboratoriais de produção e custos de transporte para atividades externas de ensino, pesquisa e extensão. A dinâmica do transporte até o campus foi discutida em busca de soluções. Uma delas partindo da colaboração da UFSB para modelo de projetos de lei de transporte público com apoio da AMURC.

A renovação da parceria com o Centro de Cultura de Porto Seguro, a realização do II Fórum de Mobilidade Urbana, melhorias nos trâmites de submissão de projetos para avaliação no Comitê de Ética de Pesquisa e o edital de extensão curricular foram outros tópicos abordados na ocasião. Necessidade de reformas em alguns pontos do campus, possibilidades de internacionalização abertas nas recentes viagens da reitora Joana Angélica, ajustes na resolução de progressão docente, a discussão dos efeitos da mudança para o regime letivo semestral e a criação de empresa júnior no CSC concluíram a lista de assuntos.

Uma reunião com a representação do Centro de Formação em Artes e Comunicação (CFAC) concluiu a agenda do dia 08. Além dos informes da Reitoria, os presentes trataram de tópicos como obras em andamento, vagas de servidores, espaços e equipamentos laboratoriais, transporte e o interesse em que a TV UFSB fique sediada no Campus Sosígenes Costa, ponto de concordância da gestão.

O último dia de viagens para dialogar com a comunidade universitária da UFSB foi retomado com a reunião junto da equipe de técnicos administrativos em educação do CSC. Uma novidade nos informes da reitora Joana Angélica foi a concessão das acelerações de progressão aos técnicos administrativos, decisão do conjunto de reitores das IFES, depois comunicada pelo portal e perfil principal da universidade.

A reforma administrativa, a questão dos setores enxutos com alta demanda e o estudo do Programa de Dimensionamento de Pessoal (PRODIM) foram abordados, ao lado das demandas de equipamentos, espaços físicos e mobiliário. A reitora confirmou que a reforma administrativa é tema para debate, que não há modelo deliberado ainda e que há objetivos importantes, como o apoio administrativo aos decanatos, um organograma mais eficiente para os campi e a melhoria do convívio profissional. A professora Joana reiterou que os técnicos administrativos participarão da construção do novo modelo.

A última reunião do périplo da Reitoria pelos campi foi com o Centro de Formação em Ciências Ambientais (CFCAM). Docentes relataram questões como a divisão de recursos no campus, a demanda por dinheiro para custear saídas a campo previstas nos planos de ensino e para comprar equipamentos e insumos necessários. A reitora apontou que parte da questão reside no atual desenho administrativo das unidades, afetando ações de ensino, pesquisa e extensão.

Outros pontos mencionados foram a dificuldade de adquirir equipamentos e serviços e a necessidade de melhorar acesso a alimentação e transporte no campus. A reitora Joana Angélica informou que a previsão do Restaurante Universitário no CSC é ainda em 2025, com expectativa de inaugurar no começo de 2026.

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