UFSB formaliza participação no Programa Estadual de Hidrogênio Verde

A Universidade Federal do Sul da Bahia passou a integrar o grupo de instituições envolvidas com o Programa Estadual de Hidrogênio Verde (PREH₂V) e o Plano Estadual (PLEH₂V) ligado ao mesmo tema. A inclusão se deu de fato com a assinatura de memorando de entendimento, realizado na quarta-feira (14) na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), em Salvador. O vice-reitor, professor Francisco José Gomes Mesquita, representou a UFSB no ato junto à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI-BA) e mais dez instituições de ensino superior participantes.

O memorando consolida os resultados de discussões que datam do primeiro semestre do ano, quando o PREH2V foi lançado pelo Governo do Estado da Bahia. A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, liderada pela professora Maria do Carmo Rebouças da Cruz Ferreira dos Santos, teve participação na construção do memorando e no mapeamento dos diversos grupos de pesquisa, programas e/ou departamentos que atuem em, pelo menos, um dos quatro eixos que se seguem: Energia, Água, Catálise e Sustentabilidade. No PREH₂V se considera que os três primeiros eixos são verticais e o último, da Sustentabilidade, é horizontal por permear os três primeiros eixos.

A pró-reitora Maria do Carmo explica que a participação institucional decorre da atuação da universidade junto à Rede de Pró-reitores de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do Estado da Bahia que, desde sua criação, vem incidindo junto ao governo do Estado por uma maior participação nas políticas de desenvolvimento que implique em pesquisa de inovação e criação tecnológica. "Compreendemos que as ICTs são atores relevantes para contribuir com soluções para o desenvolvimento do Estado que sejam sustentáveis e combatam as desigualdades sociais, mas ao mesmo tempo, preservem o meio ambiente e os modos de vidas de todos os grupos sociais que compõem o Sul baiano", pondera a gestora. A professora Maria do Carmo detalha ainda que a Rede fará parte do subcomitê para o desenvolvimento científico e tecnológico do PREH₂V, no qual serão discutidas as questões estratégicas e técnicas relacionadas ao programa e cada uma das universidades contribuirá por meio de pesquisas realizadas pela comunidade acadêmica, previamente identificadas.

A importância dessa participação está ligada à expectativa de que o hidrogênio verde se torne o combustível de preferência em diversos ramos de atividade econômica no futuro por sua capacidade energética, por ser obtido de fontes renováveis e por não emitir carbono como resíduo de sua queima, ou seja, não gerar poluição. Essas características fazem do hidrogênio verde um forte candidato a insumo químico e a combustível com alto nível de emprego, baixo custo e não-poluente. 

A produção em larga escala vai exigir investimentos para todas as etapas da cadeia, e as instituições de ensino superior participantes vão se envolver com a formação de mão-de-obra especializada, incluindo cientistas dedicados ao tema, e no aprimoramento de processos industriais. Conforme a pró-reitora Maria do Carmo, "a UFSB está situada em um bioma que tem permitido aos seus pesquisadores (as) o desenvolvimento de pesquisas importantes que podem contribuir para a mitigação da mudança climática e colaborar para a sustentabilidade do planeta. Relativamente ao Programa Estadual do Hidrogênio Verde, a UFSB tem potencial para contribuir com o eixo de sustentabilidade com pesquisas em áreas como conservação, biodiversidade e educação ambiental, assim como com o eixo de águas em temas como biodiversidade aquática e ecossistemas aquáticos".

Da parte do governo estadual baiano, existe uma Comissão Especial, composta por representantes das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, que a preside e exerce a função de Secretaria Executiva; do Meio Ambiente (Sema); Inema; Secti e Infraestrutura (Seinfra). Essa comissão é estruturada em quatro subcomissões: a de Desenvolvimento de Mercado, liderada pela SDE; a de Ciência, Tecnologia e Inovação; liderada pela Secti; a de Meio Ambiente e Sustentabilidade, liderada pela Sema; e a de Infraestrutura, liderada pela Seinfra. Além da UFSB, da Secti-BA e da Comissão Especial, também assinaram o memorando as seguintes instituições: Centro Universitário SENAI-CIMATEC; Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC); Instituto Gonçalo Moniz – IGM/FIOCRUZ-Bahia; Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB); Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); Universidade Federal da Bahia (UFBA); Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).