PROPPG prossegue na consolidação e no avanço de políticas da área, informa nova gestora
Na gestão 2022-2026 da Universidade Federal do Sul da Bahia é possível notar um equilíbrio de continuidades e novas faces à frente das pró-reitorias. Uma das mudanças é a gestão da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, que na gestão anterior era coordenada pelo professor Rogério Quintella e que agora passa a contar com a professora Maria do Carmo Rebouças da Cruz Ferreira dos Santos como líder. Até então docente, pesquisadora e decana do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências do Campus Sosígenes Costa (IHAC-CSC), em Porto Seguro, Maria do Carmo apresenta na entrevista a seguir as propostas da gestão para o setor de pesquisa e de formação de mais cientistas. A entrevista foi concedida por e-mail após a participação da gestora na primeira reunião para discutir a fundação da Rede Baiana de Pró-Reitorias de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, ocorrida em maio na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).
ACS: Que propostas a senhora apresenta para a nova etapa da PROPPG?
Pró-reitora Maria do Carmo Rebouças dos Santos: Estamos num cenário de continuidade da gestão da professora Joana e do professor Mesquita, com desafio de consolidar e avançar as/nas políticas de pesquisa e pós-graduação (PPG). Nesse sentido, podemos destacar alguns grandes objetivos:
1. concluir a implantação da PROPPG em termos de regulamentação de toda a política de pesquisa e pós-graduação como resoluções de títulos honoríficos - que acabamos de aprovar no Consuni -, resolução sobre mestras e mestres dos saberes, resolução sobre política de ações afirmativas na pós-graduação, resolução sobre auxílio a permanência de cotistas, grupos historicamente discriminados e pós-graduandos em situação de vulnerabilidade e regimento interno da PROPPG, assim como elaborar e publicizar fluxos e processos da pesquisa e pós-graduação, produzir dados para monitoramento e avaliação da política de PPG, instalar a Câmara de Pesquisa e Pós-graduação - instalada em 14/07 - e criar, com apoio da Assessoria de Comunicação Social, o plano de comunicação para a PROPPG.
2. fortalecimento da área de fomento para apoio a captação e gestão de recursos externos (públicos e privados) seja para a própria PROPPG potencializar o fomento institucional, seja diretamente para pesquisadores(as) e programas de pós-graduação (PPGs). Com isso também visamos mapear os editais institucionais para maior previsibilidade e organização, assim como apoiar pesquisadores(as) na elaboração de projetos, gestão e prestação de contas, além de dar continuidade a divulgação de editais externos por meio da plataforma Financiar.
3. estabelecimento de canal de diálogo e escuta com PPGs, apoio no fortalecimento dos PPGs com a finalidade de qualificar suas notas perante a CAPES e garantir uma pós-graduação inclusiva; estabelecimento e publicização de regras e fluxos para discentes e coordenações dos PPGs; aumento de número de bolsas. Criação e captação externa de novos auxílios para discentes e pesquisadores, apoio na criação de revistas científicas.
4. internacionalização da pesquisa e pós-graduação, em parceria com a Assessoria de Relações Internacionais. O objetivo é formalizar canais de intercâmbio de pesquisadores(as), docentes e discentes dos PPGs, nas áreas estratégicas da PROPPG e também com ênfase nas parcerias Sul-Sul, oferecendo bolsas para professor(a) visitante; promovendo a ocupação de vagas por estrangeiros(as) nos PPGs. Para isso também pretendemos atualizar e lançar nosso site em outros idiomas. Queremos também projetar a UFSB como ator relevante no campo da cooperação técnica e educacional Sul-Sul e nos âmbitos multilaterais de cooperação internacional.
ACS: O que a senhora espera trazer de sua trajetória de pesquisadora e dos seus temas de estudo para o dia-a-dia e o planejamento da pró-reitoria?
Pró-reitora Maria do Carmo: Eu tenho uma longa trajetória de pesquisa e gestão na área internacional já tendo trabalhado em organismos internacionais como a ONU e a OEA e ter estado à frente de um departamento de cooperação internacional na Presidência da República onde coordenei diversos projetos e missões internacionais de cooperação, particularmente com países africanos e sul-americanos e fui gestora de projetos internacionais em diversas áreas do desenvolvimento. Grande parte de minhas pesquisas são na área das relações internacionais como cooperação internacional para o desenvolvimento, cooperação sul-sul e nos estudos do desenvolvimento particularmente de países africanos. Essa é uma das minhas características que justificou o convite da professora Joana uma vez que nessa gestão ela quer potencializar a internacionalização da UFSB por meio da pesquisa e pós-graduação. Também trago comigo um compromisso e preocupação de institucionalizar a política de ações afirmativas na pesquisa e pós-graduação, uma vez que as universidades federais têm autonomia para o estabelecimento de tais políticas e assim o fazendo contribuem para a sua efetivação e eficácia, sendo essa também uma de minhas linhas de pesquisa.
ACS: Quais são as suas perspectivas para o cenário de pesquisa, pós-graduação e inovação da UFSB em 2022 e nos próximos anos?
Pró-reitora Maria do Carmo: A cooperação com agência de fomento estadual tem aumentado e há uma perspectiva de crescimento de parcerias e recursos para pesquisa nesse âmbito. Além disso, com o fortalecimento da área de fomento, temos expectativas de poder divulgar mais os editais externos institucionais (CNPq, FAPESB, CAPES), realizar capacitações para gestão e prestação de contas a fim de apoiar nossos(as) pesquisadores(as) com as rotinas burocráticas e com isso incentivá-los(as) a concorrerem cada vez mais em editais de fomento e impulsionar a participação de nossos(as) pesquisadores(as) nos editais de bolsa produtividade do CNPq. Queremos com isso que a comunidade científica da UFSB consiga realizar suas pesquisas e que as mesmas possam gerar soluções para o desenvolvimento do Estado e do país. Ademais, temos perspectiva de formalizar parcerias internacionais com universidades, organismos multilaterais e redes epistêmicas, além de captar bolsas para pesquisadores(as) estrangeiros(as) e apoiar nossos(as) pesquisadores(as) em instituições internacionais.
ACS: Sobre a atuação da UFSB na Rede de Pró-Reitores de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Bahia, como a rede vai funcionar e que possibilidades se abrem com a oficialização do vínculo entre as universidades participantes?
A Rede está formada por universidades federais, estaduais, privadas, comunitárias, institutos federais e centros de pesquisa e atualmente possui mais de 20 instituições associadas. O objetivo da Rede é incentivar a integração, a colaboração e o desenvolvimento de pesquisa em rede entre instituições de ensino superior no estado da Bahia, de forma articulada com órgãos de fomento como a FAPESB, e com isso apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico do território.
Redes Sociais