COVID-19
Coronavírus
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias e são a segunda principal causa do resfriado comum (após os rinovírus). São conhecidos sete tipos de coronavírus humanos (HCoVs – sigla do inglês human coronaviruses), entre eles o SARS-COV (causador da síndrome respiratória aguda grave), o MERS-COV (que causa a síndrome respiratória do Oriente Médio) e o SARS-CoV-2 (causador da doença COVID-19).
O SARS-CoV-2 foi descoberto recentemente na China, após diversos casos de infecção respiratória aguda terem chamado a atenção das organizações internacionais de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). A cidade de Wuhan, mais populosa da China central, tornou-se, em 31 de dezembro de 2019 o epicentro da pandemia de COVID-19, que já afetou 185 países, infectando mais de 2 milhões de pessoas e ultrapassou as 130 mil mortes.
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COVID-19
É a doença infecciosa causada pelo SARS-CoV-2. Apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. Segundo a OMS, a maioria dos pacientes infectados (80%) podem ser assintomáticos, enquanto 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses, aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência respiratória (suporte ventilatório).
Os sintomas da doença variam bastante: de um simples resfriado até uma pneumonia severa. Dentre os sintomas, os mais comuns são:
- Tosse
- Febre
- Coriza
- Dor de garganta
- Dificuldade para respirar
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra por contato próximo por meio de:
- Toque do aperto de mão;
- Gotículas de saliva, que podem ser expelidas durante a fala;
- Espirro;
- Tosse;
- Catarro;
- Objetos ou superfícies contaminadas como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.
É importante lembrar que 80% dos infectados são assintomáticos, então é bastante difícil saber se a pessoa com quem você está conversando não carrega o SARS-CoV-2. As gotículas de saliva (perdigotos) são consideradas os veículos mais eficazes de propagação do vírus, pois são leves e se dispersam até uma curta distância do emissor, mas permanecem pouco tempo no ar.
Pesquisas recentes analisaram a presença do SARS-CoV-2 nos aerossóis, partículas menores (da ordem de tamanho dos micrômetros), levantando a hipótese de que o vírus seria transmitido pelo ar, por meio dos aerossóis. Os aerossóis são partículas muito mais leves, expelidas pela fala e pela respiração que se dispersam a longas distâncias e permanece flutuando no ar por mais tempo do que as gotículas. Os estudos ainda não apresentaram resultados conclusivos e trouxeram ainda mais dúvidas.
A rápida propagação do SARS-Cov-2 e as incertezas sobre um tratamento adequado - que pesquisadores de todo o mundo estão tentando resolver – indica que apostar na prevenção é uma das melhores alternativas. Não podemos esquecer que o vírus foi descoberto há menos de quatro meses e ainda há muito a descobrir.
Como prevenir
- Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%.
- Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos.
- Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado.
- Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
- Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.
- Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças.
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
- Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
- Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas. Se puder, fique em casa.
- Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar.
- Durma bem e tenha uma alimentação saudável.
- Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de sua residência.
Embora ainda não se tenha nenhuma comprovação científica de que o uso de máscaras caseiras evite o contágio pelo SARS-CoV-2, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) elaborou um guia com orientações de como produzi-las. O objetivo é facilitar o acesso a produtos auxiliares na prevenção que tenham a relação risco-benefício favoráveis aos pacientes e à população em geral.
Consulte o guia da Anvisa sobre o uso de máscaras caseiras.
A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) também elaborou farto material a respeito, com orientações de como produzir em casa a máscara, a partir das orientações do Ministério da Saúde.
Veja como produzir a máscara caseira de acordo com as indicações do Ministério da Saúde.
Quando devo suspeitar que estou infectado?
Situação 1: Febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros), e histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
Situação 2: Febre e, pelo menos, um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) e histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas
O diagnóstico é realizado num primeiro momento pelo profissional de saúde, que avalia a presença de critérios clínicos específicos:
- quadro respiratório agudo, sensação febril ou febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou coriza ou dificuldade em respirar (sintomas condizentes com a síndrome gripal);
- desconforto respiratório/dificuldade para respirar ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente ou coloração azulada nos lábios ou rosto, o que é chamado de Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Na presença dos sintomas acima, exames laboratoriais poderão ser solicitados. A testagem para presença do SARS-CoV-2 pode ser feita de duas formas:
- teste rápido (imunológico): detecta ou não a presença de anticorpos na amostra coletada somente após o sétimo dia de início dos sintomas;
- RT-PCR em tempo real (teste de biologia molecular): que pode diagnosticas tanto a COVID-19, Influenza ou presença de Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Outros critérios também podem ser utilizados no diagnóstico: histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 7 dias antes do aparecimento dos sintomas, com caso confirmado da doença.
Como agir se ficar doente
Caso você desenvolva sintomas de gripe, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos e fique em casa por 14 dias. Só procure um hospital de referência se estiver com falta de ar.
Em caso de diagnóstico positivo para COVID-19, siga as seguintes recomendações:
- Fique em isolamento domiciliar.
- Utilize máscara o tempo todo.
- Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo.
- Depois de usar o banheiro, nunca deixe de lavar as mãos com água e sabão e sempre limpe vaso, pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária para desinfecção do ambiente.
- Separe toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos apenas para seu uso.
- O lixo produzido precisa ser separado e descartado.
- Sofás e cadeiras também não podem ser compartilhados e precisam ser limpos frequentemente com água sanitária ou álcool 70%.
- Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária.
Caso o paciente não more sozinho, os demais moradores da devem dormir em outro cômodo, longe da pessoa infectada, seguindo também as seguintes recomendações:
- Manter a distância mínima de 1 metro entre o paciente e os demais moradores.
- Limpe os móveis da casa frequentemente com água sanitária ou álcool 70%.
- Se uma pessoa da casa tiver diagnóstico positivo, todos os moradores ficam em isolamento por 14 dias também.
- Caso outro familiar da casa também inicie os sintomas leves, ele deve reiniciar o isolamento de 14 dias. Se os sintomas forem graves, como dificuldade para respirar, ele deve procurar orientação médica.
Fontes:
O conteúdo desta página foi elaborado com informações da Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde, Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia.
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