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Diálogos sobre Patrimônio e Memória marcaram o I Simpósio Internacional do PPGES

  • Publicado: Quinta, 28 de Junho de 2018, 16h07
  • Última atualização em Quinta, 28 de Junho de 2018, 16h08
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O Programa de Pós-Graduação em Estado e Sociedade da Universidade Federal do Sul da Bahia (PPGES/UFSB) realizou, nos dias 22 e 23 de junho, o I Simpósio Internacional de Patrimônio e Memória, na cidade de Porto Seguro. O tema do evento foi “A Universidade e a Cidade na Construção da Memória Coletiva”.

No material de divulgação, a Comissão Organizadora informou que o objetivo do encontro foi dialogar sobre as relações entre Patrimônio, Turismo, Música e Memória, enfatizando o papel da Universidade no fortalecimento das identidades coletivas locais através da Memória.

A professora May Waddington, coordenadora do PPGES, explica que a caracterização do evento como simpósio define o tom pretendido pelas atividades, marcadas pelo “congraçamento entre iguais”. Ela conta ainda que o “programa traz duas pessoas por ano. Sempre que a gente traz alguém, coloca nossos estudantes e professores nas mesas, mostrando seus trabalhos e reforçando seus currículos.”

Alicia Costa, mestranda do PPGES e membro da comissão organizadora, considerou que “o mais legal dessa experiência, sem dúvida, foi o trabalho coletivo pra valer entre alunos da pós e da graduação. Tudo foi construído coletivamente, foi um processo incrível.” Sobre a programação, Alicia contou que “foi uma experiência riquíssima. A gente teve aulas sobre Patrimônio e Políticas Públicas com a professora Regina Abreu na quinta à tarde e, na sexta pela manhã, rolou roda de conversa e orientação dos nossos projetos pelas professoras e pelos professores convidadas(os). Ou seja, o evento começou, oficialmente, na tarde da sexta, mas a gente já estava imerso em um fluxo riquíssimo de trocas e aprendizados desde o dia anterior.” Ela complementou, reiterando a importância “dessas atividades de background, porque elas mostram o cuidado do Programa com a nossa formação e a generosidade dos professores e professoras que estiveram junto com a gente durante esses três dias lindos.”

Na abertura, a professora Regina Abreu, do Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), proferiu a conferência A Tessitura da memória coletiva. May Waddington relatou que “a professora Regina vem como colaboradora, vai orientar e já está dividindo um componente comigo [do PPGES]. Nós queremos que este evento entre para o calendário e seja realizado todo ano, em abril.” 

O professor e pesquisador Pablo Antunha Barbosa, da UFSB, elogiou a qualidade dos debates, ressaltando a mesa sobre turismo com indígenas Pataxó da Aldeia da Jaqueira, com destaque para Nitxinawã Pataxó, “que fez uma fala impressionante sobre a experiência deles com etnoturismo.” Ele celebrou a participação dos três intelectuais indígenas convidados para as mesas, enfatizando “a qualidade das falas e a autonomia dos projetos Pataxó.” Também salientou “a proposta do seminário de abrir a universidade para atores de fora, indígenas, gestores municipais, para que conversassem e engatassem cooperações”, assinalando a propriedade da mestranda Aline Santos Bispo, do PPGES, na mediação.

A programação envolveu a participação de pesquisadoras e pesquisadores da Universidade de Aveiro (Portugal), com a qual a UFSB está em processo de construção de um Convênio, Universidad Católica Luis Amigó (Colômbia), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e representantes indígenas pataxó do Museu Virtual MukaMukaú e Museu a Céu Aberto na Aldeia Velha e da Escola Indígena da Aldeia Velha, além de discentes e docentes do PPGES.

Como parte das atividades, foi exibido o filme-documentário “Orin: Música para os Orixás”, dirigido pelo jornalista, músico e documentarista baiano Henrique Duarte. A sessão teve participação de conhecidas personalidades da música baiana. No evento, também foram apresentados os projetos ATLAS - Atlântico Sensível e SOMA - Sons e Memórias de Aveiro.

A professora Susana Sardo, da Universidade de Aveiro, em Portugal, encerrou o evento com a conferência O meu encontro com a lusofonia: a prática da música na construção de arquivos incorporados.

Participantes e membros da Comissão Organizadora reforçaram que o simpósio ficou marcado pela construção coletiva. “Os estudantes do bacharelado e da pós contribuíram o tempo todo! Tiveram oportunidade de conversar com os professores sobre seus projetos em uma parte da programação mais seletiva e íntima. Os bacharelandos apresentaram os inventários patrimoniais que fizeram em Caraíva e Vale Verde”, comemorou a coordenadora do PPGES e organizadora do evento. 

Vera Silva, doutoranda pelo PPGES, professora de Língua Portuguesa do Centro Territorial de Educação Profissional do Extremo Sul, em Teixeira de Freitas, avaliou que o Simpósio “abrigou discussões imprescindíveis para pensar as complexidades do contemporâneo e, sobretudo, abriu espaço para um diálogo não hierarquizado e generoso entre estudantes da pós e professores(as) e pesquisadores(as) reconhecidos(as) pela comunidade acadêmica. Penso que o evento fortaleceu o PPGES e só confirmou o compromisso da UFSB com a produção e a partilha do conhecimento como algo que não pode estar restrito aos muros institucionais.”

 

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