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Reitorias das universidades novíssimas e super novas discutem gestão estratégica em Porto Seguro

  • Escrito por Heleno Rocha Nazário
  • Publicado: Terça, 18 de Junho de 2024, 18h10
  • Última atualização em Quarta, 19 de Junho de 2024, 09h57
  • Acessos: 493

195A0666O Campus Sosígenes Costa, em Porto Seguro, recebe reitoras e reitores das universidades federais mais recentes do dia 18 ao dia 19 de junho, no II Encontro das Universidades Novíssimas e Super Novas. A iniciativa teve o primeiro evento realizado no Piauí em 2023 e o tema geral do encontro deste ano é a gestão estratégica universitária em instituições públicas federais.

A primeira atividade foi uma visita guiada aos Colégios Universitários geridos a partir do Campus Sosígenes Costa no dia anterior (17), na qual os gestores puderam ver de perto a experiência que a UFSB desenvolve para conectar-se ao território e abrir mais caminhos para estudantes das cidades na sua área de abrangência. Nos Colégios Universitários, estudantes do ensino médio que se classificam para a seleção iniciam seus estudos na UFSB no próprio município, só passando a ter de se deslocar para as cidades onde há campus da universidade no segundo ano de seus cursos.

O evento iniciou oficialmente nesta terça (18) com a formação da mesa de Boas-Vindas, composta pela professora Joana Angélica Guimarães da Luz, reitora da UFSB; o professor Jacques Antonio de Miranda, reitor da UFOB; a professora Analy Castilho Polizel de Souza, reitora da UFR; o professor Airon Aparecido Silva de Melo, reitor da UFAPE; o professor Francisco Ribeiro da Costa, reitor da Unifesspa; o professor João Paulo Sales Macedo, reitor da UFDPar; o professor Tiago Alencar Viana, pró-reitor de Administração da UFCA; o professor Christiano Peres Coelho, reitor da UFJ; o professor Airton Sieben, reitor da UFNT; e a professora Roselma Lucchese, reitora da UFCAT.

O evento está sendo transmitido no Canal do Auditório Virtual da UFSB.

195A0701Em seguida, o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Alexandre Brasil, proferiu a palestra de abertura, manifestando a atenção do governo federal para com essa fração das instituições federais de ensino superior. Na sua fala, o gestor destacou os desafios tecnológicos, socioeconômicos, culturais e ambientais que o mundo enfrenta hoje, afirmando que as novíssimas e super novas universidades federais têm o papel de apresentar soluções inovadoras devido aos seus desenhos institucionais diferenciados, menos tradicionais. O secretário também dialogou com os reitores sobre demandas das instituições sobre pessoal, recursos e políticas voltadas para a consolidação dessas novas universidades.

Aspectos da gestão universitária em discussão

195A0713A programação a partir daí consistiu em mesas-redondas nas quais diferentes aspectos do tema central foram abordadas. Dois tons presentes em todas as exposições: o de reivindicação de mais recursos de pessoal e financeiros para a consecução dos objetivos institucionais, mesclado com a demonstração dos esforços das comunidades universitárias para expandir as ações de ensino, pesquisa e extensão e colaborar para o desenvolvimento nacional a partir dos respectivos territórios de atuação.

A primeira mesa tratou do tópico Educação Básica e Educação Superior como sistema educacional, com os painéis Encontros e desencontros da educação básica e educação superior, pela reitora Joana Angélica Guimarães da Luz (UFSB), e A articulação entre a Universidade e a Educação Básica como premissa de gestão na Educação Superior Federal, apresentado pelo reitor Jacques Antônio de Miranda (UFOB). Nas exposições, os gestores refletiram sobre como a universidade historicamente faz parte dos horizontes de algumas camadas da sociedade e não de outras, o distanciamento de qualidade entre educação básica e superior e as transversalidades que afetam essa relação entre as instâncias formativas. A mediação coube ao pró-reitor de Gestão Acadêmica da UFSB, professor Francesco Lanciotti Jr.

WhatsApp Image 2024 06 18 at 16.37.56A segunda mesa teve como tema O papel estratégico das Instituições Federais de Educação Superior (IFES) no desenvolvimento social e regional. O painel O protagonismo das supernovas Ifes para desenvolvimento social foi apresentado pela reitora Analy Castilho Polizel de Souza (UFR). Em um panorama a respeito das mais recentes instituições federais de ensino superior, a gestora apontou as demandas de pessoal e de recursos ainda pendentes, e como essas universidades buscaram cumprir com as suas funções sociais, gerando e disseminando conhecimento junto às comunidades de sua área de abrangência.

Em seguida, o reitor Airon Aparecido Silva de Melo (UFAPE) falou sobre A expansão universitária como estratégia para desenvolvimento regional. Em sua exposição, o professor Airon apontou contribuições da UFAPE para a diversificação econômica e a preparação de profissionais para a região. A moderação coube à pró-reitora de Graduação da UFOB, Adma Kátia Lacerda Chaves.

195A0776No terceiro momento de exposições do dia, a mesa redonda A educação superior pública como agente de transformação socioambiental expandiu o tema da gestão universitária para além da educação. As apresentações trataram de como as instituições de ensino superior atuaram em temas que envolvem a universidade brasileira como fomentadora de alternativas e ações.

No painel O que queremos para a educação superior pública na Amazônia?, exposto pelo reitor Francisco Ribeiro da Costa (Unifesspa) e a vice-reitora Lucélia Cardoso Cavalcante (Unifesspa). As dificuldades e as potencialidades da vida na região amazônica formaram o pano de fundo no qual os gestores contaram das ações desenvolvidas junto às comunidades.

O reitor João Paulo Sales Macedo (UFDPar) explanou sobre O pacto agroecológico e socioambiental entre a Universidade e os Povos Tradicionais para o combate à fome, à pobreza e às desigualdades na região do Delta do Parnaíba e Norte do Piauí. O professor João Paulo mostrou informações sobre projetos e ações direcionadas à segurança alimentar da população, com sustentabilidade e acompanhamento técnico, ajudando diferentes comunidades a alcançar crédito e tecnologia para qualificar e fortalecer produção e escoamento. A moderação da mesa ficou a cargo da coordenadora do Programa em Pós-graduação em Estado e Sociedade PPGES/CFCHS, professora Janaína Losada. 

 

Segundo dia

O evento prossegue na quarta-feira (19) com mais duas mesas-redondas. Com o tópico Gestão estratégica, ferramentas de gestão, gerenciamento de riscos, a quarta mesa redonda contará com as exposições Gestão de Riscos como ferramenta estratégica para alcance de objetivos e fortalecimento da governança pública, pelo pró-reitor de Administração da UFCA, professor Tiago Alencar Viana, e  Assimetrias nas novíssimas e supernovas universidades federais do Brasil e seu impacto na gestão estratégica, com o reitor Christiano Peres Coelho (UFJ) e moderação pelo pró-reitor de Planejamento da UFSB, Franklin Matos.

A última mesa redonda prevista vai tratar de Territorialização, interiorização do ensino superior público. Nesse tópico, o reitor Ariton Sieben (UFNT) falará sobre A Territorização da UFNT no Norte do Tocantins, enquanto  a reitora Roselma Lucchese (UFCAT) tratará do tema Os desafios da expansão do sistema público de ensino superior: interiorização e financiamento, com a moderação do pró-reitor de Assuntos Estudantis da UFNT, José Manoel Sanches. 

  

O Encontro

Iniciado em 2023, no Piauí, os encontros entre as universidades novíssimas e super novas serão anuais e têm o objetivo de trocar experiências e compartilhar perspectivas entre todas as instituições participante, sendo elas a UFSB e as universidades federais do Cariri (UFCA), do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), do Oeste da Bahia (UFOB), do Delta do Parnaíba (UFDPar), de Jataí (UFJ), de Catalão (UFCAT), de Rondonópolis (UFR), do Norte do Tocantins (UFNT) e do Agreste de Pernambuco (Ufape).

Em comum, essas instituições têm o fato de terem sido instaladas no final do período de investimento consistente na expansão e consolidação da rede federal de universidades em regiões periféricas dos respectivos estados da federação. Por isso, o processo de instalação das mesmas sofreu reveses, ao mesmo tempo em que foram construindo laços com o território e com a comunidade científica, de modo que os desafios que enfrentam são similares, motivo pelo qual os eventos de reunião dos reitores e reitoras dessas universidades são oportunidades de trocas de experiências e colaboração.

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