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Pesquisador e estudante de graduação da UFSB atuam em projeto de pesquisa em Fernando de Noronha

  • Publicado: Quarta, 17 de Janeiro de 2024, 10h54
  • Última atualização em Quarta, 17 de Janeiro de 2024, 11h19
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Bons ventos trazem o ano de 2024 para os trabalhos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos na Universidade Federal do Sul da Bahia. O projeto de pesquisa que está sendo conduzido em Fernando de Noronha começou as atividades no dia 10 de janeiro de 2024, sob a Coordenação do Professor e Pesquisador da UFSB, professor Anders Jensen Schmidt. O projeto iniciou com o trabalho de monitoramento das migrações reprodutivas do caranguejo-amarelo. Desde 1996, o professor e pesquisador vem dedicando seus estudos para conhecer o comportamento da espécie e na proposição de estratégias de conservação. 

Pesquisa caranguejo amarelo 10

Prof. Anders Jensen Schmidt
Nesse projeto de monitoramento ambiental, o Prof. Anders estará no Arquipélago juntamente com o estudante do Curso de Gestão Ambiental da UFSB, Elson Oliveira. O trabalho de campo será conduzido por um período de dois meses. A equipe também conta com os profissionais do ICMbio, que atuarão no mapeamento das rotas migratórias do caranguejo-amarelo e quatro vezes por mês a equipe vai acampar em praias para um monitoramento noturno intensivo. 
 
Pesquisa_caranguejo_amarelo_1.jpgO Prof. Anders explica que “conhecendo os locais e datas em que as migrações ocorrem, é possível aumentar as medidas de proteção do animal, que é ameaçado de extinção e só ocorre em quatro arquipélagos do mundo”. Segundo o Prof. Anders, sabendo quando e onde ocorrem grandes deslocamentos de caranguejos, é possível sinalizar o trânsito para evitar atropelamentos, e realizar empolgantes observações em ações de educação ambiental e ecoturismo. 
 
Apesar de ser facilmente associado à comida, o caranguejo-amarelo (Johngarthia lagostoma) não deve ser capturado e consumido. A importância do caranguejo-amarelo vai além do que a maioria das pessoas conhece: trata-se de uma espécie-chave para o ecossistema de Fernando de Noronha. Uma fêmea pode carregar mais de 100 mil ovos dos quais, no auge da migração, nascem larvas que são lançadas ao mar. 
 

Essas pequenas larvas servem de comida para sardinhas e filhotes de peixes que são alvo da pesca e vão parar na mesa de muitos moradores do arquipélago e turistas. Além disso o caranguejo-amarelo é fundamental para o ecossistema terrestre. Suas tocas contribuem para a aeração do solo, o consumo de folhas contribui para a ciclagem de nutrientes e o consumo e transporte de frutos e sementes controla a dispersão das plantas. Apesar da sua importância, muitas das áreas que antes consistiam em habitat para o caranguejo-amarelo estão hoje ocupadas por vilas, estruturas turísticas e estradas. Por isso é fundamental a ação conjunta para a sua conservação.

Segundo Anders, toda a população pode ajudar no trabalho que está sendo realizado pelos pesquisadores e pelo ICMbio com ações simples, que envolvem o mapeamento das rotas migratórias do caranguejo-amarelo. Encontrando caranguejos passando pela BR, pelas ruas, pousadas, residências e praias, é importante informar à ICMBio, anotando data, horário, quantidade aproximada, localização e, se possível, encaminhar uma foto pelo whatsapp  81 99115-6860. 
 
Também é possível publicar a foto com informações marcando o instagram @icmbionoronha. Essa participação na coleta de dados fará de você um(a) cientista-cidadã(o). Participe!
 
Todas as ações do projeto estão sendo divulgadas nas redes sociais do curso de Gestão Ambiental @gesamb_ufsb e no @icmbionoronha
 
Reportagem completa sobre o projeto divulgada pela TV Golfinho e a TV Cultura: https://www.instagram.com/reel/C19ug_ssbmC/?utm_source=ig_web_copy_link


Informações fornecidas pelo Prof. Anders Jensen Schmidt
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