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Docente da UFSB é premiado em concurso nacional de dramaturgia da Funarte

  • Publicado: Quinta, 16 de Dezembro de 2021, 10h17
  • Última atualização em Quinta, 16 de Dezembro de 2021, 12h05
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TodoterritorioNa última quinta-feira (9), a Fundação Nacional de Artes – Funarte, divulgou o resultado final do Prêmio Funarte de Dramaturgia. O edital premiou autoras e autores de textos de teatro de todo o Brasil, nas categorias teatro adulto e teatro para infância e juventude. O Prof. Dr. Celso Francisco “Chico” Gayoso, do Campus Paulo Freire (CPF), também docente dos cursos de Artes do Corpo em Cena e Jornalismo (CFAC), foi premiado em segundo lugar, pelo Nordeste, com o texto porandubinhas de um brasil com z.

O edital que teve como temática 200 Anos de Artes no Brasil, premiou 3 autores de cada região do Brasil. Com o resultado, a Bahia levou as duas primeiras colocações da categoria teatro para infância e juventude. O Prof. Chico Gayoso – que é ator, jornalista e produtor cultural – falou sobre a experiência de participação no prêmio. “Trata-se de um concurso de grande vulto, o maior em âmbito federal, ser premiado é o reconhecimento de uma atuação que tenho desde muito tempo, como dramaturgo”. 

Antes de se mudar para a  Bahia, Gayoso integrou a Companhia Teatro Mosaico por 12 anos, com trajetória de dezenas de espetáculos apresentados no Brasil e em outros países da América Latina. Para o concurso, a proposta foi a criação de uma dramaturgia que questionasse a própria temática, já que o Brasil produz artes há mais de 200 anos. Na trama, Ayo e Aponem, duas crianças que vivem o contexto colonial, contam suas versões de fatos históricos e processos sociais ocorridos nos últimos 200 anos. 

Numa intersecção de obra dramatúrgica e roteiro de estudos em história da arte, as personagens viajam no tempo para observar como as crianças pretas e indígenas eram e são representadas por artistas. Cada cena é escrita a partir de uma obra específica, assim Tarsila do Amaral e Jean-Baptiste Debret coexistem com artistas contemporâneos como Denilson Baniwa e Yhuri Cruz, na reconfiguração dos modos de representação de nossas matrizes ameríndia e negrodescendente. Com uma linguagem arcaica ficcional, Ayo e Aponem viajam no tempo com a ajuda de uma família de saruês e descobrem que pouco ou quase nada mudou nesses 200 anos. Poranduba é o termo arcaico para se referir às notícias e fatos históricos, neste sentido, as histórias contadas pelas crianças da trama propõem uma nova visão sobre o Brasil. 

 

Imagem retirada da série Todo território é uma invenção de Denilson Baniwa (2019).

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