Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > Covid-19 > Edição 45 do Boletim do Comitê de Crise Emergencial atualiza dados sobre a covid-19 no sul da Bahia
Início do conteúdo da página

Edição 45 do Boletim do Comitê de Crise Emergencial atualiza dados sobre a covid-19 no sul da Bahia

  • Escrito por Heleno Rocha Nazário
  • Publicado: Terça, 29 de Março de 2022, 16h16
  • Última atualização em Terça, 29 de Março de 2022, 16h16
  • Acessos: 1696

capa boletim CEC ufsbO Comitê Emergencial de Crise para Pandemia de Covid-19 da Universidade Federal do Sul da Bahia (CEC/UFSB) publicou novos dados sobre a pandemia de covid-19 na região na 45ª edição do Boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia. Esta nova edição do documento deverá também subsidiar os Núcleos de Monitoramento dos casos de Covid-19 com indicadores epidemiológicos quanto à oportunidade de operar mudança entre as fases de controle em cada campus (Ilhéus-Itabuna, Porto Seguro-Eunápolis e Teixeira de Freitas) com base em parâmetros pré-definidos. O último período analisado está compreendido entre 19/02 e 18/03/2022 e deverá subsidiar a decisão relativa à mudança de fase no retorno gradual das atividades administrativas presenciais na UFSB.

 

Situação Regional

A equipe do CEC priorizou alguns indicadores epidemiológicos para os municípios-sede dos campi da UFSB (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas): Taxa de Reprodução efetiva (Rt) do vírus, Incidência média diária de casos e óbitos, e sua variação nos últimos 28 dias, e Taxa de ocupação de leitos de UTI nas regiões de saúde; além de cobertura vacinal (esquema completo). Essas informações são importantes para avaliação e planejamento da retomada gradual de atividades administrativas e acadêmicas em cada campus.


Risco de se infectar e morrer por covid-19 no município de Itabuna

O risco de ter se infectado pelo SarsCov-2 em Itabuna ao longo do período pandêmico (18.809,5 casos/100.000 habitantes) foi 84,5% maior do que a média estadual (10.194,4 casos/100.000 habitantes) e 34,6% superior à nacional (13.972,3 casos/100.000 habitantes). Quanto ao risco de infecção nas duas últimas semanas (05/03 a 18/03), Itabuna apresentou coeficiente de incidência (31,92 casos/100.000 habitantes/dia) 4,5 vezes maior que a média da Bahia (7,04 casos/100.000 habitantes/dia) e 57,5% maior do que o Brasil (20,26 casos/100.000 habitantes/dia). Na comparação com as duas semanas imediatamente anteriores (19/02 a 04/03), Itabuna registrou aceleração da transmissão (32,3%). A Taxa de Reprodução efetiva do vírus foi estimada em 0,97 para Itabuna em 24/02.

Quanto ao risco de morrer por Covid-19 ao longo da pandemia, Itabuna apresenta coeficiente de mortalidade (356,6 óbitos/100.000 habitantes) apenas 14,9% maior que média do Brasil (310,3 óbitos/100.000 habitantes), mas 56,7% maior do que a média da Bahia (198,0 óbitos/100.000 habitantes). Quanto ao risco de morrer nas duas últimas semanas (05/03 a 18/03), Itabuna apresentou valor (0,13 óbitos/100.000 habitantes/dia) um pouco superior à média da Bahia (0,11 óbitos/100.000 habitantes/dia), mas inferior à média do Brasil (0,19 óbitos/100.000 habitantes/dia). Na comparação com as duas semanas imediatamente anteriores (19/02 a 04/03), Itabuna apresentou variação negativa (-75,0%). O município apresenta taxa de letalidade (1,9%) semelhante à média estadual (1,9%) e inferior à média nacional (2,2%).


Risco de se infectar e morrer por covid-19 no município de Porto Seguro

O risco de alguém se infectar pelo SarsCov-2 em Porto Seguro ao longo do período da pandemia foi estimado em 11.656,9 casos/100.000 habitantes, superior à média estadual (10.194,4 casos/100.000 habitantes), mas inferior à média nacional (13.972,3 casos/100.000 habitantes). Quanto ao risco de infecção nas duas últimas semanas (05/03 a 18/03), Porto Seguro apresentou risco (12,75 casos/100.000 habitantes/dia) 80,3% superior à média da Bahia (7,04 casos/100.000 habitantes/dia), mas 52,9% menor do que a do Brasil (20,26 casos/100.000 habitantes/dia). Na comparação com as duas semanas imediatamente  anteriores (19/02 a 04/03), Porto Seguro registrou desaceleração de -18,2% na ocorrência de casos. A Taxa de Reprodução efetiva do vírus foi estimada em, 0,53 em 24/02/2022. 

Quanto ao risco de morrer por Covid-19 ao longo da pandemia, Porto Seguro tem coeficiente de mortalidade (195,1 óbitos/100.000 habitantes) semelhante à média da Bahia (198,0 óbitos/100.000 habitantes), mas 37,1% inferior à média do Brasil (310,3 óbitos/100.000 habitantes). Quanto ao risco de morrer por Covid-19 (Tabela 1 e Figura 9) nas duas últimas semanas (05/03 a 18/03), Porto Seguro registrou coeficiente de mortalidade (0,09 óbitos/100.000 habitantes/dia) menor que a Bahia (0,11 óbitos/100.000 habitantes/dia) e o Brasil (0,19 óbitos/100.000 habitantes/dia). Na comparação das duas últimas semanas (05/03 a 18/03) com as duas semanas anteriores (19/02 a 04/03), Porto Seguro não registrou variação no número de óbitos. Porto Seguro apresenta Taxa de Letalidade (1,7%) inferior à média estadual (1,9%) e à média nacional (2,3%).


Risco de se infectar e morrer por covid-19 no município de Teixeira de Freitas

Quanto ao risco de alguém se infectar pelo Coronavírus ao longo da pandemia, Teixeira de Freitas apresenta Taxa de Ataque (14.545,2 casos/100.000 habitantes) 42,7% maior que a média estadual (10.194,4 casos/100.000 habitantes), mas semelhante à média nacional (13.972,3 casos/100.000 habitantes). Quanto ao risco de infecção nas duas últimas semanas (05/03 a 18/03), o coeficiente de incidência em Teixeira de Freitas (41,51casos/100.000 habitantes/dia) foi quase 6 vezes maior que a média da Bahia (7,04 casos/100.000 habitantes/dia) e o dobro da média do Brasil (20,26 casos/100.000 habitantes/dia). Na comparação das duas últimas semanas (05/03 a 18/03) com as duas semanas anteriores (19/02 a 04/03), o município registrou aumento importante no número de casos (62,2%). A Taxa de Reprodução efetiva do vírus foi estimada em 0,93 no dia 24/02/2022.

Quanto ao risco de morrer por Covid-19 ao longo do período da pandemia, Teixeira de Feitas apresenta coeficiente de mortalidade (225,9 óbitos/100.000 habitantes) 14,1% maior do que a média da Bahia (198,0 óbitos/100.000 habitantes), mas 27,2% inferior à média do Brasil (310,3 óbitos/100.000 habitantes). O risco de morrer por covid-19 nas duas últimas semanas (05/03 a 18/03) em Teixeira de Freitas (0,04 óbitos/100.000 habitantes/dia) foi bem 63,6% menor do que a média da Bahia (0,11 óbitos/100.000 habitantes/dia) e 78,05% menor do que a média do Brasil (0,19 óbitos/100.000 habitantes/dia). Na comparação das duas últimas semanas (05/03 a 18/03) com as duas semanas anteriores (19/02 a 04/03), o município registrou redução de -85,7% na ocorrência de óbitos. Teixeira de Freitas apresenta Taxa de Letalidade (1,6%) inferior à média estadual (1,9%) e à média nacional (2,3%).

 

Taxa de Ocupação de leitos de UTI

Quanto à disponibilidade de leitos de UTI Covid-19 no SUS, a Sesab informou 162 casos ativos internados nos 582 leitos de UTI disponíveis no Estado (taxa de ocupação de 28,0%) em 18/03/2022, sendo de 30,0% na Região Sul, onde está a Região Imediata de Ilhéus-Itabuna, e de 10,0% no Extremo-Sul, onde estão as Regiões Imediatas de Eunápolis-Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Destaque para a diferença observada nas taxas de ocupação nos leitos de UTI para adultos (24,0%) e pediátrico (80,0%).

 

Síntese dos Achados


Apesar do avanço da vacinação no país, observa-se aumento de casos de Covid-19 no mundo, impulsionado sobretudo por grande surto na Ásia (Pacífico Ocidental) e na Europa, refletindo a disseminação da variante Ômicron, mais contagiosa, sobretudo sua subvariante BA.2, mas também a retirada de medidas profiláticas que poderiam conter a transmissão. A boa notícia é a desaceleração da pandemia no Brasil – com queda de -33,9% no registro de casos (média de 42.899,93 casos/dia ou 20,26 casos/100.000 hab./dia) e de -32,9%, no de óbitos (média de 393,79 óbitos/dia ou 0,19 óbitos/100.000 habitantes/dia) – e na Bahia – com queda de -43,0% no número de casos (média de 1.050,64 casos/dia ou 7,04 casos/100.000 hab./dia), e de -52,3%, no número de óbitos (média de 16,43 óbitos/dia ou 0,11 óbitos/100.000 habitantes/dia), quando se compara as duas últimas semanas com as duas semanas anteriores.


Em nossa região, merecem especial atenção das autoridades as seguintes situações observadas:


1) Nas duas últimas semanas (05/03 a 18/03), Teixeira de Freitas apresentou coeficiente de incidência (41,51casos/100.000 habitantes/dia) quase 6 vezes maior que a média da Bahia (7,04 casos/100.000 habitantes/dia) e o dobro da média do Brasil (20,26 casos/100.000 habitantes/dia); Itabuna apresentou coeficiente de incidência (31,92 casos/100.000 habitantes/dia) 4,5 vezes maior que a média da Bahia (7,04 casos/100.000 habitantes/dia) e 57,5% maior do que o Brasil (20,26 casos/100.000 habitantes/dia); e Porto Seguro apresentou risco (12,75 casos/100.000 habitantes/dia) 80,3% superior à média da Bahia (7,04 casos/100.000 habitantes/dia).


2) Na comparação das duas últimas semanas (05/03 a 18/03) com as duas semanas imediatamente anteriores (19/02 a 04/03), Teixeira de Freitas e Itabuna registraram aumento importante no número de casos de 62,2% e 32,3%, respectivamente.


3) Quanto à disponibilidade de leitos de UTI Covid-19 no SUS, a Sesab informou taxas de ocupação nos leitos de UTI para pediátrico de 80,0% no estado.

 

RECOMENDAÇÕES

Recomenda-se:


• AOS GOVERNOS: transparência na divulgação das informações relativas à epidemia e à capacidade do SUS de atendimento; conscientizar as pessoas sobre a importância da higiene das mãos e das medidas de distanciamento social; incentivar o uso de máscaras; identificar os casos e fazer isolamentos localizados; calibrar a suspensão das medidas; que se mantenha a Taxa de Ocupação de UTI abaixo de 70%; e a intensificação da vacinação.

• AOS MÉDICOS: a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não indica tratamento farmacológico precoce para COVID-19 (nem cloroquina, nem hidroxicloroquina, nem ivermectina, nem azitromicina, nem nitazoxanida, nem corticoide, nem zinco, nem vitaminas, nem anticoagulante, nem ozônio por via retal, nem dióxido de cloro), apenas medicamentos sintomáticos, como analgésicos e antitérmicos (paracetamol e/ou dipirona);

• A TODOS OS INDIVÍDUOS: uso de máscara; distanciamento físico de 1,5m ou 1,8m; higienização das mãos; não participar de aglomeração; manter ambientes ventilados/arejados; paciente com sintomas "gripais" deve ficar em isolamento e colher PCR nasal; vacinar-se quando chegar sua vez, completando o esquema vacinal (duas doses ou dose única).

 

Dicas de Prevenção


Segunda Dose de Reforço da Vacina contra a Covid-19

Em 23 de março de 2022 o Ministério da Saúde recomendou a administração da segunda dose de reforço do imunizante contra a Covid-19 em idosos acima de 80 anos, preferencialmente da Pfizer, quatro meses após a primeira dose de reforço. A nota técnica nº 20/2022 informou que houve um aumento do número de casos entre os idosos acima de 80 anos, visto que algumas pesquisas demonstraram que há uma redução da efetividade das vacinas nesta população a partir de três a quatro meses da sua aplicação (BRASIL, 2022).

Uma dessas pesquisas que evidenciou a menor resposta imunológica às vacinas entre imunodeprimidos foi a Octave (Observational Cohort Trial T cells Antibodies and Vaccine Efficacy in SARSCoV-2). Os resultados deste estudo foram publicados em pré-impressão no site Lancet e demonstraram que, dos pacientes  analisados, 11% daqueles com um sistema imunológico enfraquecido não conseguiram gerar anticorpos. Entretanto, mesmo com a menor resposta entre imunodeprimidos, o estudo sugeriu que a vacina é imunologicamente ativa em todos os pacientes, mesmo que o tipo e a qualidade dessa resposta variem.

Dessa forma, com base em pesquisas internacionais finalizadas ou em andamento, o Brasil já iniciou em alguns estados a administração da segunda dose de reforço visando aumentar a segurança entre as pessoas vulneráveis imunologicamente, sobretudo acima de 80 anos.

 

Vacinômetro

O Vacinômetro tem o intuito de informar o quantitativo de pessoas vacinadas com a primeira e segunda dose das vacinas contra a Covid-19 nos municípios em que a UFSB está inserida.


É produzido, quinzenalmente, pelo Setor de Promoção à Saúde Estudantil, da Coordenação de Qualidade de Vida (CQV), da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (PROAF), mediante dados disponibilizados no site da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Nesta edição, o vacinômetro traz um panorama da situação vacinal em municípios do Sul da Bahia, até o dia
23 de março de 2022.

vacinometro 29032022

 

Documento relacionado

45ª edição do Boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia (29/03/2022)

registrado em: ,
Fim do conteúdo da página