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Comitê Emergencial divulga 41º Boletim do Observatório da Epidemia do novo coronavírus no Sul da Bahia

  • Publicado: Quinta, 12 de Agosto de 2021, 18h51
  • Última atualização em Quinta, 09 de Setembro de 2021, 10h45
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capa boletim CEC ufsb
A equipe do Comitê Emergencial de Crise para Pandemia de Covid-19 da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) divulgou a 41ª edição do Boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia. O documento analisa a disseminação do novo coronavírus nos municípios-sede e que abrigam a Rede Anísio Teixeira de Colégios Universitários (CUNI) da UFSB: Coaraci, Eunápolis, Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, Itamaraju, Nova Viçosa, Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Teixeira de Freitas e reforça dicas de prevenção para os membros das comunidades internas e externas à UFSB. Os dados e análises se referem ao período entre 21 de agosto a 03 de setembro de 2021.

 

>>> Situação Regional

Nas duas últimas semanas, pode-se observar desaceleração da epidemia na Bahia, com queda de -23,9% no número de casos (média de 708,79 casos/dia ou 4,75 casos/100.000 hab./dia) e de -11,4% no número de óbitos (média de 21,07 óbitos/dia ou 0,14 óbitos/100.000 habitantes/dia) em relação às duas semanas anteriores. A Taxa de Reprodução efetiva do vírus foi estimada em 0,86 para a Bahia no dia 03/09.

Aumentou o risco de morrer entre os pacientes com COVID em todo o Brasil e na Bahia nas últimas semanas. Trata-se de indicador que sofre grande influência do perfil demográfico da população, do acesso oportuno a serviços de qualidade e da cobertura da testagem.

No território de abrangência da UFSB, apenas Ibicaraí (2,8%) apresenta Taxa de Letalidade igual à do Brasil (2,8%), enquanto Coaraci (2,5%) e Ilhéus (2,6%) apresentam Taxa de Letalidade inferior à do Brasil, mas superior à média da Bahia (2,2%) em 03/09. Os demais municípios apresentam taxa de letalidade inferior à média estadual. Destaque para a baixa letalidade observada em Santa Cruz de Cabrália (1,2%).

Na Bahia, a Sesab informou 320 casos ativos internados nos 1.029 leitos de UTI disponíveis no Estado (taxa de ocupação de 31,0%) em 03/09, sendo de 29,0% na Região Sul, onde está a Região Imediata de Ilhéus-Itabuna, e de 38,0% no Extremo-Sul, onde estão as Regiões Imediatas de Eunápolis-Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Destaque-se a diferença observada nas taxas de ocupação entre adultos (30,0%) e crianças (69,0%).

 

>>> Recomendações

A boa notícia continua sendo a queda observada na incidência de casos e de óbitos por Covid-19 no Brasil, na Bahia e em nossa Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna. Entretanto, a pandemia ainda não acabou, a maioria da população adulta (18 anos ou mais) ainda não completou o esquema vacinal, a vacinação em adolescentes (a partir de 12 anos), ainda está iniciando e em muitos locais ela sequer começou. e o elevado patamar de risco de transmissão do vírus Sars-CoV2 pode ser agravado pela maior transmissibilidade da variante Delta.

Em nossa Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna (Regiões Sul e Extremo Sul do Estado), merecem atenção das autoridades sanitárias as seguintes situações observadas:

1) nas duas últimas semanas, o coeficiente de incidência (risco de se infectar por Covid-19) em Teixeira de Freitas foi bem superior à média do Brasil e da Bahia;

2) aumento de casos por Covid-19 em Santa Cruz de Cabrália e nos três municípios da Região Imediata de Teixeira de Freitas (Itamaraju, Nova Viçosa e Teixeira de Freitas) nas duas últimas semanas na comparação com as duas semanas anteriores;

3) o risco de morrer (coeficiente de mortalidade) por Covid-19 em Ibicaraí e Itabuna nas duas últimas semanas foi superior à média da Bahia e do Brasil;

4) aumento de óbitos por Covid-19 registrado em Ilhéus, Itabuna, Porto Seguro e Itamaraju nas duas últimas semanas na comparação com as duas semanas anteriores.

O grande teste para saber se o Brasil terá ou não uma terceira onda de infecções impulsionada pela variante Delta será esse feriado da Independência com milhões de pessoas viajando, manifestações (aglomerações) e um possível descumprimento das medidas de proteção. Se daqui a 2 ou 3 semanas não houver aumento das infecções, será porque escapamos.


Neste sentido, RECOMENDA-SE:


>>>> AOS GOVERNOS: transparência na divulgação das informações relativas à epidemia e à capacidade do SUS de atendimento; conscientizar as pessoas sobre a importância da higiene das mãos e das medidas de distanciamento social; incentivar o uso de máscaras; preparar o SUS, com reforço às redes de testagem; identificar precocemente os casos e fazer isolamentos localizados; implementar boas medidas de distanciamento, evitando lockdowns extensos (impacto econômico e psicológico); calibrar a suspensão dessas medidas; que se mantenha a Taxa de Ocupação de Leitos abaixo de 70%; e a intensificação da vacinação.

>>>>  AOS MÉDICOS: a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não indica tratamento farmacológico precoce para COVID-19 (nem cloroquina, nem hidroxicloroquina, nem ivermectina, nem azitromicina, nem nitazoxanida, nem corticoide, nem zinco, nem vitaminas, nem anticoagulante, nem ozônio por via retal, nem dióxido de cloro), apenas medicamentos sintomáticos, como analgésicos e antitérmicos (paracetamol e/ou dipirona);

>>>> A TODOS OS INDIVÍDUOS: uso de máscara; distanciamento físico de 1,5m ou 1,8m; higienização das mãos; não participar de aglomeração; manter ambientes ventilados/arejados; paciente com sintomas “gripais” deve ficar em isolamento e colher PCR nasal; vacinar-se quando chegar sua vez, completando o esquema vacinal (duas doses ou dose única).

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41º Boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia (09/08/2021) 

 

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