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Comitê Emergencial avalia situação regional no 20º boletim sobre novo coronavírus no sul do estado

  • Escrito por Heleno Rocha Nazário
  • Publicado: Terça, 11 de Agosto de 2020, 19h19
  • Última atualização em Quarta, 12 de Agosto de 2020, 10h10
  • Acessos: 1837

boletim cec ufsb 20 11082020O Comitê Emergencial de Crise da Pandemia de Covid-19 lançou a 20ª edição do Boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia nesta terça-feira (11). O documento reúne informações, análises e recomendações relacionadas ao período observado entre 1º e 7 de agosto de 2020 nos territórios do Sul e Extremo Sul do estado da Bahia. Veja os destaques da edição:

-->Análise do panorama semanal no mundo, no Brasil e nos municípios do Sul e Extremo Sul: Na média dos 10 municípios onde a UFSB tem unidade acadêmica e/ou colégio universitário apresentaram variação negativa da mortalidade (número de óbitos na semana de 1º a 07/08 foi menor do que na semana de 25 a 31/07) de -50,0%, com destaque para Ilhéus (-80,0%), Teixeira de Freitas (-75,0%) e Itabuna (-38,5%).
Quanto à “taxa de letalidade”, apenas Ilhéus (3,6%) apresentou valor superior à média do Brasil (3,4%) em 07/08, enquanto Coaraci (2,5%) apresentou valor superior à média da Bahia (2,1%), mas inferior à do Brasil. Os demais municípios apresentaram taxa de letalidade semelhante ou inferior à média estadual. Destaque para a baixa letalidade observada Santa Cruz de Cabrália (0,5%), em Porto Seguro (0,8%) e Eunápolis (1,0%). Trata-se de indicador que permite avaliar a qualidade da assistência, mas que sofre grande influência do perfil demográfico e da cobertura da testagem, que define o denominador (número de pessoas infectadas). 

-->Recomendações para a região: 

A recomendação para os governos inclui adoção de medidas de redução de fluxo de pessoas, ampliação da oferta de leitos de UTI, políticas emergenciais de mitigação dos efeitos sociais da pandemia e máxima transparência na divulgação das informações relativas à epidemia e à capacidade do SUS de atendimento à população (número de leitos clínicos e de UTI para Covid-19 disponíveis e ocupados), cuja falta de transparência impede uma avaliação precisa da oportunidade e adequação das medidas de flexibilização que estão atualmente em curso. Recomenda-se aos médicos muita cautela na prescrição da cloroquina ou da hidroxicloroquina, tendo em vista o risco de efeitos colaterais graves (principalmente arritmia cardíaca) se em associação com um macrolídeo (azitromicina).
Recomenda-se a todos os indivíduos a manutenção das medidas de higiene, do auto-isolamento domiciliar e a utilização de máscaras faciais (caseiras) sempre que precisar sair de casa.

--> Mapeando iniciativas de enfrentamento: O projeto de extensão “Escutas Audiolivres: literatura, corpo e acessibilidade” terá, na próxima sexta-feira (14) encontro online sobre o livro Árvores Altas. O livro, de autoria da professora Cinara de Araújo, é o segundo volume lançado em formato audiolivro pelo grupo. O livro estará disponível para acesso na quarta-feira (12) no canal do projeto no YouTube – onde também será transmitida a live, a partir das 18h de sexta-feira.

-->Recomendações de prevenção:  Desde o início da pandemia ocasionada pelo vírus SARS- CoV-2 vários produtos têm sido apresentados como milagrosos no tratamento e prevenção da COVID-19. Os produtos do momento são: dióxido de cloro, clorito de sódio, hipoclorito de sódio ou seus derivados. Essas sustâncias são utilizadas principalmente para a produção de desinfetantes, alvejantes e tratamento de água, e não para uso e consumo por seres humanos.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) emitiu um alerta no qual não recomenda a ingestão desses produtos cloro por nenhuma via seja oral ou parenteral em qualquer pessoa, inclusive suspeita ou diagnosticada com a COVID-19. E enfatiza também os riscos de um possível consumo e/ou inalação.
Os produtos são tóxicos e quando ingeridos podem desencadear reações nocivas ao organismo, como: irritação gastrointestinal, náuseas, vômitos, doenças (hematológicas, renais, cardiovasculares), complicações respiratórias, dentre outras.

Vários países também têm realizado esse tipo de alerta com o intuito de evitar a comercialização e uso inadequado de substâncias. Na publicação a OPAS reforçou o papel das entidades de saúde no monitoramento da divulgação de produtos com alegação terapêutica e na aplicação das medidas e sanções cabíveis. Não existem evidências científicas que amparem o consumo de Dióxido de cloro, Clorito de Sódio, Hipoclorito de Sódio ou seus derivados para o tratamento da COVID-19 ou quaisquer outras condições de saúde, por outro lado, existem relatos de reações adversas graves atribuídas ao consumo destes. Fiquem atentos às fontes de informação e continuem colocando em prática medidas preventivas já bem conhecidas e difundidas como a higienização correta das mãos, distanciamento social e uso de máscaras, dentre outras.

 

Documento relacionado

Boletim nº 20 do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia (11/08/2020)

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