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Feira da Agricultura Familiar na UFSB completa um ano

  • Publicado: Segunda, 03 de Junho de 2019, 10h53
  • Última atualização em Quinta, 08 de Agosto de 2019, 14h55
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Com grande participação popular, realizou-se, nessa sexta-feira (31), a edição comemorativa de um ano de existência da Feira da Agricultura Familiar na UFSB, no Campus Paulo Freire, em Teixeira de Freitas/BA. Esta atividade faz parte do projeto de extensão “Universidade e Extensão Popular: diálogo de saberes e práticas agroecológicas”. A Feira, que é coordenada pelos professores Frederico Monteiro Neves e Dirceu Benincá, foi marcada pela presença de produtores e feirantes do Assentamento Bela Manhã, do MST, produtores e feirantes da Escola de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto e outros feirantes autônomos. Houve participação de expressivo número de estudantes e professores do Colégio Estadual Professor Rômulo Galvão (CEPROG), bem como de estudantes e professores da UFSB e outros frequentadores da Feira.

Para comemorar a data, representantes do MST, da Escola Egídio Brunetto, da UFSB e do CEPROG constituíram uma mesa para dialogar sobre o tema “Agroecologia e Educação”. Dona Isaura Souza Santos, do assentamento Bela Manhã, destacou a dificuldade da produção agroecológica em função do alto índice de agrotóxico utilizado na região, que causa uma série de impactos negativos sobre a saúde das pessoas e do meio ambiente. Por outro lado, ressalta a importância do incentivo para a produção de alimentos saudáveis. Thaís Santos de Souza, representante da Escola Egídio Brunetto e estudante do curso de especialização em Agroecologia e Educação do Campo na UFSB, apresentou as atividades desenvolvidas na Escola e salientou a importância deste espaço para o fortalecimento da agroecologia na região.

O professor do CEPROG, Jairo Francisco Avelar, relembrou que uma turma de estudantes da escola esteve presente no dia da inauguração da Feira e que tem participado ativamente da construção deste importante projeto para Teixeira de Freitas. O professor Frederico Neves ressaltou o significado da feira como espaço mediador entre a produção de alimentos agroecológicos no campo e a alimentação saudável na cidade. Salientou que a sociedade deve-se apropriar desta discussão, fortalecendo a produção agroecológica. Também fez um resumo do processo de criação do curso de Especialização em Agroecologia e Educação do Campo, que nasceu das 

discussões na Feira, e que está em funcionamento desde março deste ano com 30 estudantes da região. O professor Dirceu Benincá resgatou os princípios que orientam a feira, entre eles, a agroecologia, a economia popular solidária, a sustentabilidade e o bem viver, destacando a integração entre a universidade, os movimentos sociais e a sociedade em geral. Em alusão ao contexto atual, disse da necessidade de nos “armarmos de livros para nos livrarmos das armas” e promovermos a agroecologia para nos livrarmos das doenças ocasionadas por substâncias químicas utilizadas na agricultura.

No evento comemorativo também participaram os representantes do MST Maria Alcione Manthay e Claudimiro França dos Santos, que fizeram uma animação musical, interagindo com o público presente.

 

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Do lixo ao Luxo

No local, também aconteceu o "Ecobazar", coordenado pelas professoras Roberta Scaramussa e Mydiã Falcão Freitas. A atividade, que acontece quinzenalmente, faz parte do projeto de Extensão Do lixo ao luxo e tem como objetivo promover o consumo ético, consciente, sustentável e inclusivo. O Ecobazar é uma loja na qual são expostos vestuários que foram descartados por seus donos e onde ocorrem as trocas dos créditos sociais pelas roupas e acessórios. Já o Banco Social é um sistema de informação construído para transformar o material reciclável em créditos sociais, além de registrar todas as movimentações do Bazar como cadastro de vestuário, clientes, roupas vendidas, quantitativo de material reciclável arrecadado.  As professoras Roberta Scaramussa e Mydiã Freitas destacam  que todo material reciclável arrecadado  é doado para a Associação de Catadores de Material Reciclável de Teixeira de Freitas.  Destacam ainda que o Ecobazar tem sido um dispositivo importante de educação socioambiental por isso  tem como um de seus principais objetivos ampliar suas ações para as  escolas públicas da região. já tendo programadas exposições no IF-Baiano, Colégio  Estadual Ruy Barbosa, Colégio Estadual Professor Romulo Galvão, Escola Núcleo Municipal de Pouso Alegre.

 

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Texto e fotos: Frederico Neves, Dirceu Benincá e Roberta Scaramussa 

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