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Coletivo AFRO(en)CENA participa do III Fórum Negro de arte e cultura em Salvador

  • Publicado: Segunda, 25 de Março de 2019, 15h26
  • Última atualização em Quinta, 28 de Março de 2019, 16h19
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O Coletivo AFRO(en)CENA, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), levou para o 3° Fórum Negro de Artes e Cultura: xirê dos saberes - (Re) Conhecer, Existir, o espetáculo Travessias ... ciclos transatlântico. O evento ocorreu no dia 21 de março, no Teatro Martim Gonçalves.

A montagem circula por Áfricas, dores, ancestralidade, história e resistência. O encenador Tássio Ferreira descreve:“Se perder de si e se (re)encontrar mediante ao apagamento total de quem foi. A perversa diáspora africana no Brasil acabou? Onde estamos? Como fomos trazidos? O que fizeram de nós? Ciclos se abrem, se fecham, se atravessam na tentativa de compreender quem são estas pessoas afrodiaspóricas no Brasil”.

No espetáculo, corpos em resistência se expressam em uma cena contemporânea que se antepara e se inspira na tradição. Nele, é exercitado a Pedagogia da Circularidade Afrocênica, conceito em construção na pesquisa de doutorado pelo PPGAC/UFBA do encenador Tássio Ferreira, que utiliza o conceito de ciclos para contar as narrativas, tudo a partir da ancestralidade negra do Sul da Bahia.

A montagem passa por quatro ciclos: o primeiro, Mam'etu África, discute sobre a África do nosso imaginário, antes da chegada do Colonizador branco; o segundo, Travessar - nascidos no porão, narra o processo de invasão e atravessamento do fluxo natural dos povos Bantu, a escravidão que se anuncia, os nascimentos dentro do navio negreiro, os filhos da Kalunga, nascidos na travessia. No Terceiro Ciclo, Silêncio do Invisível, o espetáculo retrata a escravidão no Brasil, o apagamento e silenciamento identitário, a pele marcada pela opressão, a perversão. Por fim, o quarto ciclo: Recomeçar? Os dias que seguem. Neste último, é trazido o debate: a escravidão acabou?; quais os novos mecanismos de opressão?; como ser homem/mulher negro/a no Brasil e na região Sul da Bahia?.

Travessias... ciclos transatlânticos experimenta a estética afrocênica - que busca inspiração no Candomblé Congo-Angola – e é atravessado pelas Áfricas de cada intérprete.

O Coletivo AFRO(en)CENA conta com estudantes da UFSB, artistas da região Sul da Bahia, músicos, docentes dos três campi da universidade e parcerias com entidades da cultura afro-brasileira de Itabuna.

 

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