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Revista em quadrinhos aborda gênero, sexualidade e violência de gênero do ponto de vista do público LGBTI

  • Escrito por Heleno Rocha Nazário
  • Publicado: Sexta, 22 de Fevereiro de 2019, 17h19
  • Última atualização em Segunda, 25 de Fevereiro de 2019, 14h58
  • Acessos: 4779
Saulo, Fernanda e Gabriel: quadrinhos para conscientizar

Um dos projetos apoiados pelo edital UFSB: Lugar de Cultura, a revista Gênero(s) e(m) silenciamentos: A violência nossa de cada dia, de autoria da professora Fernanda Lunkes (UFSB) e dos estudantes Saulo Carneiro (UFSB) e Gabriel Onasses (UESC) já está concluída. A obra aborda questões de gênero, sexualidade e violência sob a perspectiva de pessoas LGBTI+, e pretende sensibilizar o público leitor acerca das muitas violências às quais alguns grupos e sujeitos estão submetidos cotidianamente.

A revista, que foi concluída em janeiro, é um dos resultados do projeto de pesquisa O discurso sobre gênero na mídia: efeitos de produções de evidências e processos de silenciamento, no qual Saulo foi orientado pela professora Fernanda no programa de Iniciação Científica (PIBIC).

Para Fernanda, o quadrinho representa “uma das possibilidades de trabalho e reflexão imprescindíveis no campo da educação. A Universidade e a escola não podem se eximir de questões sensíveis, urgentes, sobretudo em um cenário de recrudescimento de discursos de ódio, e que demandam reflexões e diferentes frentes de luta no combate à naturalização da violência de gênero. A ideia do quadrinho nasceu para a produção de uma oficina voltada a estudantes do ensino médio, mas graças ao apoio e auxílio da UFSB surgiu a possibilidade de impressão e ampla divulgação. Fica nossa expectativa de que a leitura produza uma sensibilização frente às relações cotidianas.”

Para Saulo, “o que iria ser somente um material educativo para uma oficina sobre gênero, acabou tomando proporções que eu não imaginava. Foi um desafio, que valeu muito à pena”. O intuito era empregar uma forma acessível de destacar as falas preconceituosas que circulam no cotidiano: "A escolha do suporte da revista em quadrinhos se deu durante a preparação para uma oficina sobre gênero para o Complexo Integrado de Educação. Precisávamos explicar para os/as alunos/as o funcionamento do discurso homolesbotransfóbico, e tivemos a ideia de fazer uma tirinha para facilitar. Contudo, a ideia teve diversos desdobramentos", conta Saulo. Ele convidou o amigo Gabriel, que é desenhista, e juntos desenvolveram a revista, por acreditar que seria um suporte que possibilitaria o diálogo sobre as diversas questões de gênero e violência que desejavam tratar. 

Com o fomento conquistado no edital UFSB Lugar de Cultura em 2018, os autores puderam imprimir 120 exemplares físicos, já distribuídos para todos os campi da UFSB, Colégios Universitários e Complexos Integrados de Educação, colégios da rede pública, instituições e grupos ligado à causa LGBTI+, além de outras instituições de ensino superior e médio de todo o país: UESC, IFBA Uruçuca, Casa 1 – SP, Casa de cultura Jonas e Pilar, UFPE, Manifesta LGBT+ - Amazonas, colégios da rede municipal, IFPR, Coletivos LGBTI+ Amplitude, GRIETAS/UFSB). A HQ também estará disponível gratuitamente na plataforma Tapas (https://tapas.io/episode/1290930) e no acervo bibliográfico físico e virtual (http://acervo.ufsb.edu.br) da universidade.

 
Foto: Gustavo Johann Lunkes
Com informações de Saulo Carneiro
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