O termo “Azuela” vem de Kuzuela, verbo derivado do tronco Ovibundu (etnia Bantu), disseminado em território Kimbundu. Segundo dicionário Bantu de Nei Lopes (2003), a palavra azuela, nos terreiros de origem Bantu, seria uma ordem para bater palmas e animar a festa. Zuela: falar! Dar voz. Possibilitar o protagonismo, oportunizar, se fazer falar. Com isto, o Coletivo AFRO(en)CENA visa oportunizar o diálogo com a comunidade acadêmica, artistas, agitadores culturais, instituições de fomento às artes em Itabuna e região. 

O evento acontecerá em três edições, sendo que a cada edição teremos três convidados para discutir temas concernentes às Artes Negras, Candomblé e Poéticas Negrodescendentes - com a mediação de um/a convidado/convidada. Para isto, convidaremos professores e professoras da instituição e de outras, artistas, mestres e mestras tradicionais, pensadores das artes negras para publicamente serem entrevistados acerca de suas vivências. O evento acontecerá das 19 às 21h, no Refeitório do Campus Jorge Amado (ao lado da Reitoria).

Este evento é uma realização do Coletivo AFRO e é parte do Projeto de Pesquisa e Extensão AFRO(en)CENA, coordenado pelo professor Tássio Ferreira e pela professora Fabiana Lima, vinculado ao Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Contemporaneidade, Imaginário e Teatralidade (GIPE-CIT/PPGAC/UFBA), o Centro de Formação em Artes (CFA/UFSB) e o IHAC do campus CJA.

Nesta primeira edição, temos a temática: Empretecimento da população e construção de novas sintaxes artísticas. Teremos, ainda, o lançamento do livro de Richard Santos Branquitude e Televisão: a nova África (?) na tv pública.