Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Infraestrutura e Operações dos Campi

Escrito por Carlos César | Publicado: Quarta, 14 de Julho de 2021, 10h59 | Última atualização em Terça, 20 de Julho de 2021, 00h15 | Acessos: 18250

Para que o compromisso da UFSB com a Sustentabilidade tenha respaldo, é fundamental que o discurso esteja alinhado às práticas. Neste sentido, uma das premissas da instituição é a redução dos impactos negativos sobre o ambiente em que se insere, e os espaços onde a vida universitária se desenvolve (os Campi e Rede Anísio Teixeira de Colégios Universitários - Rede CUNI) são áreas privilegiadas para que a comunidade (interna e externa) possa experenciar estas práticas.

Desde o início de suas atividades em 2014, a UFSB, por meio da equipe da Diretoria de Infraestrutura (DINFRA/UFSB), dedicou-se à requalificação de áreas nobres já antropizadas. Neste processo, os projetos de reforma de edificações existentes permitiram a ocupação de espaços ociosos como (em ordem cronológica) o Centro de Cultural e de Eventos do Descobrimento em Porto Seguro, que hoje abriga o Campus Sosígenes Costa; as instalações do antigo DERBA (Departamento de Estradas de Rodagem da Bahia) em Teixeira de Freitas, que hoje abriga o Campus Paulo Freire; e o antigo Fórum Ruy Barbosa em Itabuna, que abriga a Reitoria da UFSB. Em todos os casos, as reformas permitiram a adoção de princípios da ecoeficiência, como o aproveitamento da luminosidade e ventilação naturais, a substituição de componentes hidráulicos e elétricos antigos por itens mais eficientes e econômicos, dentre outros.

Para as novas edificações, já foi possível avançar nos princípios da arquitetura sustentável, com destaque para as seguintes características:

  • Bioclimática – edificações implantadas seguindo correta orientação em relação ao sol e aos ventos predominantes e aproveitamento máximo das condições naturais locais;

Bioclimática

Figura 1 - Esquema do percurso solar e direção dos ventos na implantação do prédio do Núcleo Pedagógico do Campus Sosígenes Costa. Fonte: Arquivo DINFRA.

 

  • Aproveitamento do potencial de geração de energia solar – instalação de placas fotovoltaicas nas coberturas;

Fotovoltaica

Figura 2 - Placas fotovoltaicas instaladas na cobertura dos prédios do Núcleo Pedagógico e Núcleo de Vivência e Gestão Acadêmica no Campus Jorge Amado. Foto: Claudrones.

 

  • Aproveitamento da iluminação natural - posicionamento das aberturas de fachada para áreas iluminantes e dimensionamento das aberturas; iluminação zenital;

Aproveitamento iluminação

Figura 3 - Imagem da maquete virtual do prédio do Núcleo Pedagógico CPF/CSC, com claraboia central e amplas aberturas na fachada. Fonte: Arquivo DINFRA.

 

  • Utilização coerente da iluminação artificial - especificação de lâmpadas e luminárias de alto desempenho e baixo consumo (LED); iluminação dimerizável; acendimento automático (sensores de presença); acionamentos independentes (iluminação das áreas próximas às esquadrias);

 

  • Redução de carga térmica - utilização de cores claras; aberturas que possibilitem uma ventilação cruzada; escolha de materiais para envoltória que propiciem proteção térmica e acústica; utilização de brises e cobogós; grandes beirais;

Reitoria

Figura 4 - Imagem da reforma do prédio da Reitoria, com aplicação de Brise na fachada e utilização de cores claras para reduzir a carga térmica. Foto: Claudrones.

 

  • Acessibilidade (conforme NBR 9050/ 2004) - Implantação de rampas, elevadores ou plataformas; dimensionamento das portas e circulações; sanitários e vestiários acessíveis; bebedouros com alturas acessíveis; mobiliário acessível ou reguláveis; sinalização em placas, podotátil e braile; faixas exclusivas para pedestres e ciclistas, reduzindo o tráfego de veículos; vagas reservadas para veículos;

Acessibilidade

Figura 5 - Painel da esquerda: rampa e piso podotátil no prédio do Núcleo Pedagógico do Campus Jorge Amado; Painel da direita: instalação da plataforma para acessibilidade durante a reforma do prédio da Reitoria. Fonte: Arquivo DINFRA

 

  • Soluções tecnológicas e Sistemas construtivos ecoeficientes - sistema estrutural do tipo “Construção Seca” (rapidez na montagem, redução no consumo de água, redução na produção de resíduos, diminuição do desperdício de recursos naturais e matéria-prima); uso de estrutura mista (pilares pré-moldados em concreto armado, vigas metálicas); lajes do tipo steeldeck (telha de aço galvanizado e uma camada de concreto); divisórias em chapas de placas cimentícias e gesso acartonado, com preenchimento interno para melhoramento acústico;

Núcleo Pedagógico 

Figura 6 - Sistema estrutural Steel Frame no prédio do Núcleo Pedagógico no Campus Paulo Freire. Foto: Claudrones.

  

  • Cobertura vegetal - plantio de espécies nativas para incentivo e atração da fauna local; promoção dos serviços ambientais e ecossistêmicos;

 Vegetação  

Figura 7 - Imagem da maquete virtual do Campus Jorge Amado, cujo projeto de paisagismo inclui espécies vegetais nativas. Fonte: Arquivo DINFRA

  

  • Uso racional da água - sistema de coleta de esgoto sanitário com segregação das águas residuárias (amarelas, cinzas, marrons); utilização de sistemas biológicos para tratamento de esgoto; reuso de águas cinzas e amarelas; aproveitamento de águas pluviais; reaproveitamento da água condensada; implementação de dispositivos economizadores de água; hidrometração seletiva por ambientes e grupos de aparelhos sanitários; captação subterrânea como alternativa para abastecimento de água;

 

ETA

Figura 8 - Imagem da obra da Estação de Tratamento de Esgoto de águas marrons, no Campus Jorge Amado. Foto: Claudrones.

 

Hidrometrização

 

Figura 9 - Imagem da hidrometração seletiva por grupo de aparelhos sanitários. Fonte: Arquivo DINFRA.

 

  • Drenagem Sustentável - tratamento e aproveitamento do escoamento pluvial; requalificação e/ou criação de canais artificiais de drenagem - preservação do sistema natural e integração institucional; uso de pavimentos permeáveis; utilização de telhados verdes.

Além de atender o compromisso com a redução do impacto ao meio ambiente, o modo de ocupação dos espaços pela a UFSB está transformando estes equipamentos em Laboratórios Vivos para a Sustentabilidade. Assim, as instalações da UFSB inspiram e oportunizam o desenvolvimento de soluções para consumo interno e para demandas do território.

 

 

Fim do conteúdo da página