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Professor da UFSB é co-inventor de processo de composições farmacêuticas protegidas por patente

Escrito por Heleno Rocha Nazário | Publicado: Quinta, 16 de Dezembro de 2021, 15h44 | Última atualização em Quinta, 16 de Dezembro de 2021, 16h19 | Acessos: 2044

cara patente printA produção científica na pós-graduação pode gerar produtos e processos passíveis de produção da propriedade intelectual. É o caso de uma carta patente que designa a proteção intelectual e científica de composições químicas contra parasitas nematódeos e de processo para sua criação, outorgada para as universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Viçosa (UFV) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O professor Sebastião Rodrigo Ferreira, atuante no Centro de Formação em Ciências da Saúde (CFCS), no Campus Paulo Freire da Universidade Federal do Sul da Bahia, integra o grupo de inventores. Ele explica que a pesquisa que resultou nessa patente foi iniciada em seu doutorado, com a continuidade dos estudos sendo possível pelas parcerias interinstitucionais formadas entre as universidades federais.

Um artigo que trata do tema foi publicado na revista científica Parasite and Vectors e foi pauta na editoria UFSB Ciência. "Estão protegidas composições farmacêuticas, a partir de extrato do fungo Pochonia chlamydosporia com atividade de controle sobre nematódeos, e o processo de obtenção desse extrato", conta o professor Rodrigo. A pesquisa cujos resultados geraram esse conhecimento agora protegido pela patente buscava encontrar um composto químico com potencial para uso em um novo fármaco para combater infecções por nematóides, ou nematelmintos. Algumas espécies afetam culturas agrícolas como soja, café, algodão, tomate e cana-de-açúcar, por exemplo, enquanto outras causam doenças em seres humanos e animais, como a ancilostomíase, oxiurose e a ascaridíase, causada pelo parasita Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido como “lombriga”. Na pecuária, as verminoses podem ser um fator limitante na produção e até mesmo impedir a criação de determinados animais em algumas regiões.

Para o professor Rodrigo, essa proteção oficial da produção intelectual e científica também é uma forma de divulgar o potencial das universidades brasileiras, o conhecimento que suas equipes possuem e como essas instituições colaboram para o desenvolvimento científico e tecnológico da sociedade. A geração de bens e produtos tornada possível pela pesquisa e protegida pela legislação de propriedade intelectual pode ajudar a atrair parceiros externos para o licenciamento e desenvolvimento de produtos em escala comercial e trazer recursos financeiros para essas instituições. "Inclusive na época que eu defendi o doutorado, houve interesse de uma indústria farmacêutica veterinária em uma parceria para desenvolvimento em conjunto, mas como passei logo em um concurso e fui embora, acabou que as negociações esfriaram", lembra o pesquisador.

A UFMG e a UFV detêm a carta patente, e a parceria para as próximas etapas pode incluir a UFSB. "Embora o produto protegido tenha sido desenvolvido lá durante meu doutorado, ainda há partes a serem desenvolvidas antes de um anti-helmíntico chegar ao mercado, e todas essas etapas podem e devem ser desenvolvidas em conjunto através de uma cooperação, uma vez que hoje sou professor aqui. Mas para isso precisamos melhorar nossa infraestrutura laboratorial de pesquisa, pois esses estudos demandam infraestrutura especializada", explica o professor Rodrigo.

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