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OUTUBRO ROSA - O papel dos alimentos na prevenção do câncer de Mama

Publicado: Terça, 02 de Outubro de 2018, 16h45 | Última atualização em Quarta, 03 de Outubro de 2018, 13h50 | Acessos: 8594


O câncer de mama constitui-se no mais frequente tipo de tumor maligno entre as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Dentre os fatores de risco para a doença, somente 5% dos casos se relacionam a fatores genéticos, enquanto que 95% ocorrem devido a interação entre os genes e o ambiente, dieta e estilos de vida. Em relação aos aspectos ambientais, os fatores dietéticos são potencialmente importantes, tendo uma representatividade de 30% das causas de câncer.

Diversos estudos têm demonstrado que o aumento do risco de câncer está relacionado ao consumo calórico excessivo, consumo de carnes vermelhas e baixo consumo de fibras alimentares. Se, por um lado, a dieta pode aumentar o risco para desenvolvimento do câncer, por outro, existem evidências sobre o papel da nutrição na prevenção de neoplasias, dentre estas a mamária. Nesse sentido, dietas baseadas no consumo de frutas, hortaliças e grãos integrais parecem ter um papel quimiopreventivo, devido à presença de compostos bioativos.

Evidências científicas correlacionam o consumo excessivo de alguns tipos de gordura com o aumento dos índices de neoplasia mamária. Os ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 atuam inibindo a conversão de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6, que são precursores de substâncias pró inflamatórias, exercendo, por sua vez, efeito inibidor da proliferação de células cancerígenas do tecido mamário. Os ácidos graxos ômega3 podem ser encontrados em peixes como salmão e sardinha, além de aves, semente de linhaça e folhas de coloração verde-escura, a exemplo do agrião, couve, alface, espinafre e o brócolis.

Estudos também têm demonstrado o papel da fibra na redução do risco de câncer de mama através da alteração da flora intestinal, acarretando no aumento da excreção de estrogênio. Isso vem a ser benéfico, uma vez que o estrogênio estimula o crescimento de células hormônio-dependente. O aumento do consumo de fibras se dá com o aumento do consumo de grãos integrais, frutas e hortaliças.

Apesar dos mecanismos envolvidos na quimioprevenção não estarem totalmente elucidados e, da carência de estudos sobre o assunto, percebe-se a necessidade de desenvolvimento de estratégias que auxiliem a prática de hábitos de vida saudáveis. Dentre estas destaca-se a alimentação saudável como forma de prevenção primária do aumento no número de casos de câncer.

 

Setor de Acessibilidade e Promoção à Saúde
Coordenação de Qualidade de Vida – CQV
Pró-Reitoria de Sustentabilidade e Integração Social – PROSIS

 

 

Referências

COSTA, N.M.B.; ROSA, C.DE.O.B. Alimentos funcionais- componentes bioativos e efeitos fisiológicos. Rio de Janeiro: Editora Rubio ,2010.

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. – Rio de Janeiro: INCA, 2017.

MARTIN, C.A. et al. Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos. Rev. Nutr., Campinas, 19(6):761-770, nov./dez., 2006.

PADILHA PC E PINHEIRO RL. O Papel dos Alimentos Funcionais na Prevenção e Controle do Câncer de Mama. Revista Brasileira de Cancerologia. 2004; 50(3): 251-260.

PEREIRA, F.P. Environment and Cancer: Who are susceptible? Science, 278:1068-73,1997.

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