Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Notícias > UFSB divulga cursos e apoia ações do ensino básico em feira de ciências no Colégio Estadual
Início do conteúdo da página
Últimas notícias

UFSB divulga cursos e apoia ações do ensino básico em feira de ciências no Colégio Estadual

  • Publicado: Quinta, 13 de Julho de 2023, 17h30
  • Última atualização em Quinta, 10 de Agosto de 2023, 00h01
  • Acessos: 753
imagem sem descrição.

Estudantes do CFAC estiveram presentes na Feira de Ciências do Colégio Estadual de Porto Seguro (CEPS) para divulgar os cursos da UFSB e estimular os estudantes de nível médio a ingressar no ensino superior.

O CEPS assume a missão de desenvolver a produção da ciência na rede pública de ensino no município. A edição da Feira de Ciências, realizada entre 6 e 7 de julho, contou com a participação ativa de toda escola e deu oportunidade aos estudantes de produzirem e divulgarem pesquisas científicas. A partir de parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia, estudantes do Campus Sosígenes Costa estiveram presentes no colégio para divulgar os cursos da UFSB e estimular os estudantes de nível médio a ingressarem no ensino superior. Através do componente de Jornalismo Científico, com a orientação da professora Célia Regina da Silva, alguns dos estudantes de jornalismo tiveram a oportunidade de entrevistar os alunos do ensino médio para conhecer o processo de criação das pesquisas realizadas.

A empolgação misturada com ansiedade e nervosismo, as mãos inquietas gesticulando e tentando expressar aquela palavra que fugiam à mente, os olhos atentos a todos que passavam e paravam para observar os banners, tudo isso somado à explicação dos trabalhos, foram sentimentos expressos (que percebemos) pelos alunos que estiveram presentes e apresentaram seus trabalhos na Feira de Ciências.

A dedicação dos estudantes na escolha dos temas para a apresentação foi notável. As pesquisas científicas circulavam em diversas áreas do conhecimento, desde chuva ácida, suas causas e consequências, o desmatamento da Amazônia e a forma de proteção da mata nativa, até as formas de conscientização a respeito do feminicídio.

“O sentimento é de gratidão e serviço realizado. A gente começou hoje, (06/07), e vamos até amanhã, (07/07). A escola tem 2.176 alunos matriculados, então precisamos dividir os turnos”, explica Aline Oliveira, coordenadora do Colégio Estadual de Porto Seguro e ex-aluna da UFSB, do curso de Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais e suas Tecnologias. Para Oliveira, através do contato da turma do primeiro ano com o método científico e a estrutura dos projetos já foi possível perceber um avanço muito significativo. Ela considera que os estudantes estão seguros em relação aos temas pesquisados e compreenderam a proposta da Feira. “Estou realizada. Eu não esperava dessa forma, conheço o potencial dos meus alunos, mas não esperava tanto como está sendo. Então foi ótimo, e está sendo ótimo”, completa.

A PRODUÇÃO CIENTÍFICA NAS ESCOLAS BÁSICAS EM PORTO SEGURO

O CEPS já realizou e participou de outras edições de Feiras de Ciências, mas desde 2019, essa foi a primeira edição que contou com toda a participação da escola. “A gente já trabalha com projetos, e aí esse ano a gente trouxe a ideia de trabalhar um projeto por unidade e com os professores coordenando os projetos por área do conhecimento. Então, nós já tivemos o primeiro projeto na primeira unidade com a área de linguagens e esse, com a área de ciências da natureza encabeçando, mas com a participação de todos”, ressalta a coordenadora. Oliveira ainda ressalta que como a escola é muito grande e por ter muitos alunos, durante a jornada pedagógica é realizado conversas de sensibilização. Ela reconhece as dificuldades e desafios, mas garante que pode contar com o corpo docente para a realização do projeto.

“Contamos também com muitos residentes e estagiários, então eles abraçam com os professores essas propostas e está dando certo nesse primeiro momento, mas é difícil. Exige uma pesquisa e estudo que, com o novo ensino médio, a nossa carga horária de disciplina foi reduzida, então acaba aquela questão; tenho que dar conta do conteúdo, mas também tenho que trabalhar temas diferentes”, revela.

Oliveira ainda reforçou sobre como a diversidade de temas e pesquisa para a feira contribuiu para o conhecimento dos alunos. De acordo com ela, “a gente tem uma preocupação aqui de divulgar as quatro áreas do conhecimento, até porque a gente está com um novo ensino médio desde 2019, e a gente já trabalha com itinerário formativo. Como são professores de todas as áreas que estão envolvidos, eles acabam conduzindo de certa forma para área de formação deles. A turma ficou livre, em grande maioria, para eles mesmo decidirem os temas que eles gostariam de trabalhar. Então a gente tem um professor orientando 4 grupos e eu tenho um professor com 17 grupos diferentes. Tive professores aqui quase acampando nessa escola para conseguir fazer”, brincou Oliveira.


“Procuramos apresentar muito essas possibilidades, até pela Universidade Federal do Sul da Bahia, (UFSB). Sou oriunda da UFSB também, e a gente gosta de explicar as possibilidades que têm os cursos e todas as áreas. Quando a gente fala da área de humanidades, eles não sabem quais são as disciplinas que contemplam a área. Temos reforçado bastante isso para que eles consigam fazer essa compreensão para a vida, pensar o que eles querem no mercado de trabalho e o que eles querem estudar”, completa.

EXEMPLO PARA OUTRAS ESCOLAS

Além de construir o interesse pela ciência entre os estudantes, e promover ações que gerem o interesse no ingresso ao ensino superior, os projetos desenvolvidos no colégio servem de exemplo para outras escolas de nível fundamental e médio na cidade. Oliveira fala que “só temos a ganhar com a proposta, até porque os nossos estudantes são oriundos dos bairros, então eles têm familiares na escola do município, alguns no fundamental, outros que estão no ensino médio. A gente sempre tem em vista trabalhar em parceria também, fazer a divulgação e explicar sobre, para virar uma prática. Não é novo aqui, mas não é nada extraordinário. É algo que deveria acontecer sempre na escola. A ideia é que cada vez mais as escolas possam participar”.

AMPLIAÇÃO DAS AÇÕES

Oliveira espera que a Secretaria de Educação do município amplie suas ações de apoio a iniciativas como a Feira de Ciências: “É uma proposta nossa. Esse primeiro ano foi como teste, até porque tínhamos a ideia de abrir para a comunidade, mas esse ano infelizmente não deu. A gente tem uma escola convidada, que será o curso técnico da escola do Arraial d’Ajuda, para acompanhar o nosso trabalho. Como era um projeto-piloto, estávamos todos ainda muito apreensivos, até porque a nossa equipe de trabalho de acompanhamento é muito pequena para o tamanho da escola. Então, nós não temos inspetores e outros apoios necessários para esses momentos”. “A quantidade de pessoas da nossa escola já é muito grande, então abrir para outras escolas acaba ficando mais difícil, mas a ideia é, sim, expandir. A gente tem uma boa relação com a prefeitura e com a outra escola do Estado aqui. Temos uma boa relação, e a gente espera construir isso nos próximos anos. Mas tudo é novo, então a gente pisou um pouquinho o pé no freio”, finaliza Aline.


Por: Aline Valente, Beatriz Viana e Rafael Santiago (estudantes do Bacharelado em Jornalismo do CFAC-UFSB)
Fotografias: Maria Carolina Oliva Freire Pereira.

registrado em:
Fim do conteúdo da página