Incubadora de Tecnologias Sociais e Economia Solidária do Sul e Extremo Sul da Bahia – ITESBA

A Incubadora de Tecnologias Sociais e Economia Solidária do Sul e Extremo Sul da Bahia – ITESBA, vinculada à Pró-reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Sul da Bahia (PROEX/UFSB), foi instituída pela Resolução nº 34/2020 . A finalidade da ITESBA é “assessorar a criação e o desenvolvimento de empreendimentos com impacto social, auxiliando na oferta de respostas para problemas sociais, ambientais e econômicos dos grupos e comunidades em vulnerabilidade social nos Territórios Sul e Extremo Sul da Bahia” (Art. 2º). A ITESBA promove a interação de docentes, técnicos e discentes da UFSB com dirigentes e membros de empreendimentos da economia solidária, oriundos de comunidades do campo, tradicionais e periurbanas, visando o desenvolvimento de novas relações de trabalho, e de produção e geração de renda, tendo como referência o Bem Viver, como uma alternativa ao desenvolvimento linear e antropocêntrico da modernidade, caracterizado pelo capitalismo neoliberal. A atuação da ITESBA, de cunho multi, inter e transdisciplinar, busca contribuir para a promoção da autonomia e a emancipação desas comunidades, ao mesmo tempo em que deve servir de experiência formativa, socialmente referenciada, para os estudantes universitários engajados nessas iniciativas através de ações de extensão. Além disso, a ITESBA visa promover o mapeamento, o reconhecimento, a criação e a difusão de tecnologias sociais nos territórios de atuação da UFSB, através de estudos, pesquisas e o uso de diversos meios de comunicação. Neste sentido, cabe também à ITESBA difundir o tema da Economia Popular e Solidária e das Tecnologias Sociais dentro e fora da Universidade, no âmbito do Ensino, da Pesquisa e da Extensão. A ITESBA, no cumprimento de sua missão, visa apoiar iniciativas que qualificam a organização do trabalho, com foco na autogestão e gestão democrática, transformando vocações regionais em negócios solidários e sustentáveis. Integrando princípios de associativismo e cooperativismo, objetiva a criação e o fortalecimento de empreendimentos que atendem não só ao mercado, mas que incorporem práticas sustentáveis em seus processos, e promovam a inclusão socioprodutiva e o desenvolvimento local/territorial. Portanto, a ITESBA possui três frentes de atuação: 1) Apoiar a criação, o reconhecimento e a difusão de Tecnologias Sociais (TS). 2) Contribuir para a estruturação e o fortalecimento de Empreendimentos da Economia Popular e Solidária (EES) 3) Integrar, fortalecer e ampliar a rede de Economia Popular e Solidária local, regional, estadual e nacional. Política da Economia Solidária da UFSB A ITESBA é respaldada pela Política de Economia Solidária da UFSB (Resolução nº 12/2023) que define o compromisso da Universidade com o fortalecimento da rede de economia solidária, nos âmbitos municipal, estadual e nacional. Além da ITESBA, como instrumento de promoção da economia solidária, a política prevê a implantação e manutenção do Sistema Econômico Local Universitário – SELU, das Feiras de Trocas e dos Espaços de Desapego, nos três campi da UFSB - Jorge Amado (CJA), Sosígenes Costa (CSC) e Paulo Freire (CPF)
A ITESBA possui um Conselho Gestor, nomenado pela Portaria Proex 004/2025, com função consultiva, constituído por representantes dos servidores docentes e técnico-administrativos e dos discentes da UFSB, representantes do poder público, da sociedade civil organizada e de comunidades que atuam na área da Economia Solidária. Memória das reuniões (link)
A ITESBA existe para que servidores e estudantes da universidade possam interagir com pessoas que buscam construir, juntas, com outras pessoas de suas comunidades, melhores condições de vida para todos os envolvidos. Portanto, o nosso trabalho vai além de um processo convencional e hierarquizado de incubação de empreendimentos, que objetiva apenas alavancar um negócio e aumentar a renda das pessoas. A renda é importante, mas a ITESBA defende que o trabalho deve promover a prosperidade e a riqueza em um sentido mais amplo e integral, a partir de princípios e valores, tais como: respeito e valorização das diferenças entre as pessoas; igualdade de direitos entre homens e mulheres, entre as diferentes gerações; defesa das culturas e das identidades; relação harmoniosa com a natureza; gestão democrática e participativa, comércio justo e; autonomia e solidariedade entre os trabalhadores que também são os donos de seus meios de produção. Assim, a relação entre a Universidade e os Empreendimentos da Economia Solidária (EES) deve ser marcada por estes mesmos valores, propagando o Bem Viver como forma de vida. Amparada por esses princípios e valores, a ITESBA busca promover o diálogo e a integração entre os saberes e conhecimentos populares e os técnico-científicos, para construir, coletivamente e de forma participativa, soluções que possam contribuir para a superação de desafios enfrentados pelos EES, julgados prioritários pelos/as membros/as dos EES. Neste sentido, o processo de “incubação” da ITESBA, se afastando da lógica convencional de assistência técnica, é melhor representado como uma “Trilha de Integração” entre universidade e EES: uma caminhada em que professores, técnicos e estudantes da UFSB, vinculados à ITESBA, andam de mãos dadas com pessoas dos EES e comunidades atendidas, ensinando e aprendendo, trocando saberes e práticas de solidariedade, reciprocidade e sustentabilidade, na perspectiva da construção do Bem Viver. A trilha de integração é um dispositivo pedagógico emancipador que enriquece todos os participantes. As fases da Trilha de Integração são: a) Aproximação; b) Interação e c) Integração. Aproximação Na primeira fase desta trilha, chamada de “aproximação”, membras/os de grupos, coletivos, associações ou cooperativas, após um contato informal com representantes da ITESBA, são orientados/as a manifestarem, formalmente, seu interesse em obter o apoio da ITESBA, por meio do preenchimento de um formulário online. Esta manifestação de interesse é analisada pela equipe da ITESBA, que, então, organiza uma reunião virtual ou presencial com a comunidade demandante. Esta reunião tem como objetivo averiguar se, de fato, a iniciativa possui características de um empreendimento da economia solidária. Em caso negativo, a demandante é orientada a procurar outro tipo de apoio, em setores diversos da própria universidade ou junto a outras organizações, como, por exemplo, o SEBRAE. Em caso positivo, ou seja, quando a equipe da ITESBA, em conversa com o demandante, consegue identificar que a iniciativa se caracteriza como EES ou possui potencial para ser tornar um EES, procura-se entender a complexidade e abrangência da demanda. Caso, a demanda seja muito específica ou pontual, procura-se meios de atendê-la, imediatamente, através da articulação com servidores e estudantes da UFSB ou parceiros da universidade. Caso a demanda seja mais complexa, inicia-se a fase de interação. Interação Nesta fase, são realizados dois diagnósticos: a) o Diagnóstico Comunitário Participativo, que visa compreender a comunidade à qual o EES pertence, a partir da sua localização; história; seus ativos ambientais, sociais e culturais; dificuldades e potencialidades. Para a realização deste diagnóstico, aplicam-se ferramentas convencionais de Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) , amplamente conhecidas e testadas, como a Caminhada Transversal, a Linha do Tempo, Diagrama de Venn, Calendário Sazonal e outras e b) o Diagnóstico Participativo do EES, que visa compreender a situação do EES, nos seus aspectos legais, administrativos e de organização social. Quando se trata de um EES já constituído, formalizado ou não, utiliza-se a Régua de Maturidade, para avaliar, com representantes do próprio EES, o nível de maturidade da organização. Os resultados dos diagnósticos são discutidos com os membros do EES e, caso haja interesse, podem ser transformados em conteúdo para as redes sociais do EES e da ITESBA. Integração Os diagnósticos realizados em interação com os EES permitem definir as ações prioritárias necessárias para desenvolver o EES na perspectiva do Bem Viver e são norteadores para a elaboração de projetos de extensão que possam promover a integração entre a universidade e as comunidades. Os projetos devem contribuir, de um lado, para a estruturação e fortalecimento dos EES, e, de outro, oferecer oportunidades de qualificação do percurso acadêmico de estudantes, docentes e técnicos da universidade. Elaborados por docentes ou técnicos da UFSB e com duração variável, os projetos são vinculados ao Programa de Extensão da ITESBA e podem ser submetidos a editais internos ou externos para a obtenção de recursos que viabilizam a sua execução. Como posso participar? Link para o formulário de manifestação de interesse
A ITESBA atua por meio do Programa de Extensão: Tecnologias Sociais e Economia Solidária para o Bem Viver das Populações do Litoral Sul, Costa do Descobrimento e Extremo Sul da Bahia Parceria com os Centros Públicos de Economia Solidária (CESOL) do Litoral Sul e da Costa do Descobrimento / Extremo Sul, por meio do ACT com a Associação Josué de Castro, que é responsável pela gestão dos CESOLs do Litoral Sul e da Costa do Descobrimento- Extremo Sul. Associado a este ACT existe um Plano de Trabalho (link), elaborado pela assessora da ITESBA, a coordenadora do CESOL e docentes da UFSB.
Mulheres do KWÎÂWÉ e Assentamento Alemita compartilham práticas sustentáveis em projeto apoiado pela ITESBA No dia 19 de março, de 2025, a ITESBA/PROEX organizou um Encontro na Aldeia Tukum de Olivença, em parceria com o Instituto Biofábrica e a Assessoria de Relações Institucionais da UFSB. O encontro teve como objetivo a troca de experiências entre o grupo de mulheres da aldeia, KWÎÂWÉ, e o grupo de mulheres do assentamento Alemita, ambos vinculados à ITESBA, por meio de projetos que visam estruturar e fortalecer empreendimentos da economia solidária. Com o tema central da produção agroecológica de frutas e seu beneficiamento, a vivência contou com a participação especial de Gabriel F. Jacob que deu uma aula sobre agroecologia, diversidade de árvores frutíferas e formas artesanais de beneficiar e armazenar frutas. Com foco na base produtiva da economia solidária, um tema pouco contemplado nas políticas públicas voltadas para o campo, o evento seguiu com oficinas, conduzidas pela equipe da Biofábrica, com atividades teóricas e práticas para orientar a implantação de um jardim clonal de mandiocas e de um viveiro de mudas de espécies frutíferas e da Mata Atlântica, na aldeia Tukum. O encontro constituiu apenas uma etapa de um processo de integração/incubação, que se iniciou em 2024 e será desenvolvido ao longo do biênio 2025/2026, por meio do projeto “Nós Solidários: Estruturação e Fortalecimento de Empreendimentos Econômicos Solidários no Sul e Extremo Sul da Bahia”, contemplado com recursos da FAPESB. Texto elaborado por: Valérie Nicollier Publicado em em 27/03/2025 Aconteceu, entre os dias 12 e 14 da última semana, no Centro de Convenções de Feira de Santana (BA), o “MOVE – Agroindústria Familiar da Bahia”, evento que reuniu agricultores(as) familiares, gestores e técnicos(as) que atuam no fortalecimento das agroindústrias familiares no estado da Bahia. Também reuniu especialistas e representantes do setor para refletir e discutir estratégias de inovação, sustentabilidade e ampliação de mercados para os produtos da agricultura familiar. A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e demais Universidades baianas presentes, lideradas pela Prof.ª. Dra. Tatiana Velloso (UFRB), participaram do evento com o objetivo de contribuírem com a formação dos coordenadores/ras e agentes de negócios das Agroindústrias da Agricultura Familiar Ativas da Bahia – ação coordenada pela UFRB, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) do Governo Federal, através do Projeto “Inovação Tecnológica e Agroecológica nos Empreendimentos Solidários Agroindustriais da Agricultura Familiar do estado da Bahia – INOVASOL BAHIA”. O Projeto “Inovasol Bahia” prevê, além de percursos formativos, a elaboração/revisão de planos de negócios, a elaboração e implementação de planos de gestão, a elaboração participativa de diagnósticos organizacionais, e atividades de campo com foco na definição de estratégias para comercialização e acesso a mercados. A convite da URFB, a Incubadora de Tecnologias Sociais e Economia Solidária do Sul e Extremo Sul da Bahia – ITESBA, vinculada à Pró-reitoria de Extensão e Cultura (PROEX) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) foi representada por sua Assessora, Dra. Valérie Nicollier, e por seu Gerente Executivo, Prof. Dr. Altemar Felberg. Texto elaborado por: Valérie Nicollier Publicado em em 18/03/2025 Pela primeira vez, em 20 anos de existência do assentamento, elas participaram ativamente da seleção e fermentação do cacau. Essa conquista foi possível graças às ações extensionistas promovidas pela ITESBA/PROEX, que proporcionaram capacitações essenciais para o beneficiamento do cacau. Ao longo dos últimos meses, três oficinas foram realizadas. A primeira abordou as variedades clonais do cacaueiro, o grau de maturação dos frutos e o processo de fermentação das sementes. Na segunda etapa, as amêndoas já secas foram torradas e descascadas. Por fim, na última oficina, as mulheres aprenderam a produzir chocolate artesanal. Além disso, o Assentamento Alemita foi cadastrado na Chocosol por meio da parceria CESOL/ITESBA. Embora a primeira amostra de cacau não tenha atendido totalmente aos parâmetros exigidos, ainda assim resultou em um chocolate de excelente qualidade. Esse processo representa um passo significativo para a valorização do trabalho feminino na cadeia produtiva do cacau, fortalecendo a autonomia e o protagonismo das mulheres do assentamento. Texto elaborado por: Valérie Nicollier Publicado em em 17/03/2025
Legislação e Resoluções: a) Política da Economia Solidária; b) Regimento ITESBA e Conselho Gestor; c) SELU. Portarias: Nomeação Conselho Gestor
INCUBADORA DE TECNOLOGIAS SOCIAIS E ECONOMIA SOLIDÁRIA: incubadorasocial@ufsb.edu.br Valérie Nicollier Altemar Ferlberg Maria da Graça Silveira Gomes da Costa Como posso participar? Link para o formulário de manifestação de interesse
O que é um Empreendimento de Economia Solidária – EES? Um Empreendimento de Economia Solidária (EES) é uma associação, cooperativa ou um grupo informal ou rede de empreendedores, que se constitui como alternativa inovadora na geração de trabalho e na inclusão social, integrando quem cria, quem vende, quem compra e quem troca produtos e serviços, de forma solidária. Veja as principais características que definem um EES: •Autogestão: Os trabalhadores são os próprios donos do negócio e participam de forma direta na gestão e nas decisões da empresa. •Democracia: As decisões são tomadas de forma coletiva, por meio de assembleias e outros mecanismos de participação. •Solidariedade: Os EES priorizam a colaboração e a ajuda mútua entre seus membros. •Sustentabilidade: Os EES se preocupam com a preservação do meio ambiente e com o desenvolvimento social da comunidade. Conheça a riqueza, a diversidade e os desafios da Economia Solidária no Território Costa do Descobrimento, um dos territórios de abrangência da UFSB! Revista Território Solidário (IMT, 2020). Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1RWtaMqQDAwEtJy4NApGbnTFVnSzBD4ln/view?usp=sharing O que são Tecnologias Sociais? Técnicas, metodologias e produtos que foram desenvolvidos de forma participativa e por meio da integração dos conhecimentos técnico-científicos e saberes sociais. Constituem efetivas soluções para o desenvolvimento local e provocam significativo impacto positivo em comunidades que se encontram em situação de vulnerabilidade. Tecnologias sociais e suas implicações: Compromisso com a transformação social Criação de um espaço de descoberta de demandas e necessidades sociais Relevância e impacto social Sustentabilidade socioambiental e econômica Inovação Organização e Sistematização Acessibilidade e Apropriação das tecnologias Processo pedagógico para as/os envolvidas/os Ecologia de saberes Difusão e ação educativa Processo democrático Para saber um pouco mais sobre o conceito de TS: INSTITUTO DE TECNOLOGIA SOCIAL. Tecnologia Social, in.: Conhecimento e Cidadania. São Paulo, 2007. Disponível em: https://irp.cdn-website.com/c8d521c7/files/uploaded/T1.pdf DAGNINO, Renato (org.). Tecnologia Social - contribuições conceituais e metodológicas. EDUEPB, 2014, 318 p. Disponível em: Disponível em: static.scielo.org/scielobooks/7hbdt/pdf/dagnino-9788578793272.pdf Apresentação



Conselho Gestor


Trilha da Integração: modelo de incubação da ITESBA



Programas e Projetos


ITESBA em ação


Representantes da Incubadora Social da UFSB participam do “MOVE – Agroindústria Familiar”, o maior encontro de agroindústrias familiares da Bahia

Promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o evento contou com painéis, oficinas temáticas, apresentações culturais e um salão de negócios, oportunizando o intercâmbio de práticas e conhecimentos em gestão de unidades agroindustriais familiares. A União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e a Universidade do Recôncavo da Bahia (URFB) foram as principais instituições que apoiaram a programação do MOVE.
Mulheres do Assentamento Alemita fazem história com capacitação do ITESBA/PROEX



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