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Bacharelado em Saúde Coletiva

Publicado: Sexta, 09 de Março de 2018, 15h03 | Última atualização em Segunda, 18 de Junho de 2018, 15h41 | Acessos: 5871

Baseado na comunidade e com ênfase no Sistema Único de Saúde, o Bacharelado em Saúde Coletiva é um curso de graduação pleno cujo objetivo é formar Sanitaristas capazes de responder às necessidades de saúde da população por meio de atuação na análise de situação de saúde, planificação e gestão de sistemas e serviços de saúde, educação e comunicação, promoção da saúde e controle de danos e riscos à saúde.

A carga horária mínima do Curso de Graduação em Saúde Coletiva é de 4.200 (quatro mil e duzentas) horas, aqui incluídas 250 horas de Práticas em Saúde, 360 horas de Estágio Supervisionado e 300 horas de Atividades Complementares. O Bacharelado em Saúde Coletiva está organizado em dois Ciclos de formação.

O Primeiro Ciclo é dividido em duas Etapas: Formação Geral, correspondendo aos três primeiros quadrimestres do curso, e Formação Específica no Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (seis quadrimestres-letivos). Ao final do Primeiro Ciclo, o discente deverá ter cumprido 2.400 h, sendo 900 horas (60 créditos) na Formação Geral e 1.500 horas (100 créditos) na Formação Específica.

A Etapa de Formação Geral, comum a todos os cursos, destina-se à aquisição de competências e habilidades que permitam compreensão pertinente e crítica da complexa realidade regional, nacional e global, sendo composta por componentes que abordam temas estruturantes da formação universitária, raciocínio abstrato, língua portuguesa e língua inglesa.

A Formação Específica do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde corresponde ao segundo e terceiro ano do Bacharelado em Saúde Coletiva, possuindo Componentes Curriculares do Núcleo Comum do Campo da Saúde e Componentes Curriculares da Área de Concentração Estudos em Ambiente, Sujeitos e Coletividades em Saúde (EASCS) assim distribuídos:

  • 180 horas de Componentes Curriculares Obrigatórios (CCs de práticas do Bloco Temático de Práticas Integradas em Saúde e o CC de Análise de Situação de Saúde);
  • 240 horas de Componentes Curriculares de Escolha Restrita (120 horas em cada bloco temático: Interdisciplinar em Saúde e Técnico-Científico em Saúde);
  • 540 horas de Componentes Curriculares Optativos nos Blocos Temáticos da Área de Concentração (180 horas nos Blocos Temáticos Promoção e Vigilância em Saúde; Bases Ecológicas da Saúde; e Bases Psicossocioculturais da Saúde);
  • 330 horas de Componentes Curriculares Livres;
  • 210 horas de Atividades Complementares.

No Segundo Ciclo, a carga horária mínima é de 1.800 (hum mil e oitocentas) horas, aqui incluídas 360 horas em Estágio Curricular Obrigatório e 90 horas de Atividades Complementares, assim distribuídas:

  • 750 horas de Componentes Curriculares Obrigatórios, aqui incluídas 90 horas de Práticas em Saúde Coletiva, 75 horas dedicadas ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sob Orientação e 360 horas de Estágio Supervisionado;
  • 720 horas de CCs Optativos, sendo 240 horas em cada Núcleo de Competência (Planejamento e Gestão em Saúde; Vigilância em Saúde; e Saúde/Educação);
  • 240 horas de Componentes Curriculares Livres;
  • 90 horas de Atividades Complementares.

Além de Trabalho de Conclusão de Curso (75h), Práticas em Saúde Coletiva (90h) e Estágio Supervisionado I, II e III (360 horas), são obrigatórios quatro (4) CCs que pretendem cumprir a missão de promover o desenvolvimento dos conhecimentos mínimos necessários, tomando por referência o campo da Saúde Coletiva: Bases Históricas e Epistemológicas da Saúde Coletiva (45h); Epidemiologia (60h); Políticas, Planejamento e Gestão em Saúde (60h) e Saúde, Cultura e Sociedade (60h).

Como CCs Optativos, o curso oferta três alternativas em termos de Linhas de Formação, entendidas como um conjunto delimitado e articulado de competências específicas e interprofissionais que configuram oportunidades de concentração de estudos e estágios, embora não se configurem como Áreas de Concentração:

  1. Planejamento e gestão em saúde - capacita para análise, formulação e implementação de políticas públicas de interesse à saúde; planejamento, gestão e avaliação de sistemas, tecnologias e serviços de saúde; e gestão do trabalho;
  2. Atenção em saúde - capacita para identificação e caracterização de fatores de risco para a saúde da população, atuando na vigilância em saúde, monitoramento dos fatores do ambiente biofísico e social, prevenção e controle;
  3. Saúde / Educação - capacita para analisar vulnerabilidades em saúde, planejar e realizar intervenções que envolvam mobilização popular; comunicação em saúde, educação popular em saúde e popularização da saúde coletiva.

O Trabalho de Conclusão de Curso (75h), correspondendo a Atividade realizada sob Orientação docente, deverá ser desenvolvido ao longo de quatro quadrimestres sob a forma de:

  1. Monografia;
  2. Artigo original submetido a Revista de Divulgação Científica que apresente resultado de avaliação normativa ou pesquisa avaliativa realizada em serviço de saúde;  
  3. Proposta de intervenção, seja na forma de Plano de ação ou de Projeto, que vise aperfeiçoar algum serviço de saúde.

Bacharel em Saúde Coletiva (Sanitarista).

Saúde Coletiva designa um campo de saberes interdisciplinares e de práticas coletivas referido à saúde como fenômeno social e, portanto, de interesse público. Do ponto de vista da organização do conhecimento, a Saúde Coletiva se articula tradicionalmente sobre um tripé composto pela Epidemiologia, pelo Planejamento e Gestão em Saúde e pelas Ciências Sociais e Humanas em Saúde, com um enfoque inter-transdisciplinar.

Enquanto prática, a Saúde Coletiva propõe um novo modo de organização do processo de trabalho em saúde, privilegiando mudanças nos modos, estilos e condições de vida e nas relações entre os sujeitos sociais envolvidos nos cuidados à saúde, que devem ser tanto sociais como médicos. Propõe ainda a determinação social das doenças que permite alargar os horizontes de análise e de intervenção sobre a realidade.

A crítica aos sucessivos movimentos de reforma em saúde originários da Europa e dos Estados Unidos e aos processos de implantação de sistemas de saúde em países da América Latina, nas últimas décadas, delineou progressivamente seu objeto de investigação e intervenção, compreendendo as seguintes dimensões:

  1. Situação de Saúde da População: determinantes e condições de saúde de grupos populacionais específicos e tendências gerais do ponto de vista epidemiológico, demográfico, socioeconômico e cultural;
  2. Políticas, Sistemas e Serviços de Saúde: processos de trabalho em saúde, planejamento, programação, gestão e organização de serviços e formulação e implementação de Políticas, Programas e Tecnologias em Saúde;
  3. Promoção da Saúde: prevenção de riscos e agravos e reorientação das práticas de cuidado em saúde mediante intervenções institucionais e ambientais orientadas à melhoria da qualidade de vida;
  4. Saberes e Práticas de Saúde: investigações históricas, sociológicas, antropológicas e epistemológicas sobre a produção teórica deste campo e sobre as relações entre os saberes científico e tradicionais/populares.

Baseado na comunidade e com ênfase no Sistema Único de Saúde (SUS), o curso pretende formar Sanitaristas capazes de responder às necessidades de saúde da população, por meio de atuação nas áreas de:

  1. Gestão em Saúde: I - Análise da formulação e implementação de políticas públicas e de interesse à saúde; II - Planejamento, gestão e avaliação de sistemas e serviços de saúde; III - Gestão do trabalho na saúde; IV – Implementação da participação social no planejamento, gestão e avaliação, na pesquisa, na promoção e na vigilância em saúde; V - Normalização, controle e auditoria em saúde.
  2. Atenção em Saúde: I – Cogestão de linhas de cuidado nas redes de atenção à saúde e participação em equipes de apoio matricial e institucional; II – Análise de situação de saúde, prevenção e controle de determinantes, riscos e danos à saúde, vigilância em saúde ambiental e sistemas de informação; III – Desenvolvimento de ações de promoção da saúde em serviços de saúde e outros cenários de atuação.
  3. Saúde/Educação: I – Aprender interprofissionalmente, por meio da reflexão sobre a própria prática e da troca de saberes com outros profissionais da saúde e de outras áreas do conhecimento; II – Desenvolver e implementar estratégias de educação popular em saúde e de popularização da ciência; III – Aplicar métodos e procedimentos de ensino-aprendizagem na docência na saúde.

Enfatiza-se a formação do profissional com responsabilidade social, compromisso com a dignidade humana e com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), considerando a determinação social dos processos saúde-doença-cuidado, a integralidade na atenção à saúde e a participação popular.

Pressupõe-se, com base na aprendizagem significativa, um estudante protagonista da própria aprendizagem e corresponsável pela sua formação, por meio da interação ativa com usuários e profissionais dos serviços de saúde, desde o início de sua formação, lidando com problemas reais em atividades de pesquisa, extensão e estudos.

Os egressos do Bacharelado em Saúde Coletiva estarão aptos, no âmbito profissional, a desempenhar funções nos sistemas, programas e serviços, assim como em outros espaços sociais e intersetoriais em que se desenvolvam práticas de saúde ou se justifique a adoção de medidas sistemáticas de proteção em saúde coletiva.

O curso aponta para um perfil de egresso que seja capaz de atuar no planejamento, formulação e implementação de políticas públicas no campo da saúde; na promoção e na vigilância em saúde; normalização, controle e auditoria em saúde.

Além disto, espera-se que o egresso atue na atenção à saúde, na cogestão de linhas de cuidado nas redes de atenção à saúde e participação em equipes de apoio institucional; no desenvolvimento de ações de promoção da saúde.

Por fim, espera-se uma atuação na educação e saúde, por meio da reflexão sobre a prática profissional, o desenvolvimento e implementação de estratégias de educação popular em saúde; além da sua atuação na docência em saúde.

Considerando o perfil pretendido e as competências e habilidades a serem desenvolvidas, o egresso poderá atuar especificamente nas seguintes áreas:

  1. cargos do SUS vinculados a concursos públicos que exijam nível superior para atuação nas áreas de: análise de políticas públicas; planejamento, gestão e avaliação em saúde; gestão do trabalho na saúde; promoção e vigilância em saúde; auditoria em saúde; cogestão de linhas de cuidado em saúde; participação em equipes de apoio matricial e institucional; análise de situação de saúde; prevenção e controle de determinantes, riscos e danos à saúde; sistemas de informação; educação popular em saúde; docência na saúde;
  2. instituições de Ciência e Tecnologia em Saúde;
  3. organizações do terceiro setor (gestão, pesquisa e desenvolvimento tecnológico);
  4. atividades de pesquisa em saúde coletiva, inclusive por meio de estudos em nível de pós-graduação stricto sensu e/ou lato sensu;
  5. curso de pós-graduação stricto sensu na área de Saúde Coletiva, podendo ser na UFSB ou outras instituições.

Destaque-se, por fim, o potencial de fortalecimento da Saúde Coletiva no nível nacional com a implantação de vinte cursos de graduação em Saúde Coletiva nas mais importantes Instituições Federais de Ensino Superior do país, bem como sua centralidade na reorientação da formação profissional em saúde e da formação médica que vem sendo promovida pelos Ministérios da Saúde e de Educação.

80% do curso é ministrado na modalidade presencial, quando se exige a presença do aluno em, pelo menos, 75% das aulas e em todas as avaliações, enquanto 20% é metapresencial, quando a relação professor-aluno é síncrona, embora não seja presencial, e o processo de ensino ocorre utilizando ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) e os meios digitais de comunicação (rede de internet, satélite etc.).

Tempo mínimo para a integralização: 13 quadrimestres-letivos (9 quadrimestres-letivos no 1o Ciclo e 4 quadrimestres-letivos no 2o Ciclo).

Tempo máximo: 26 quadrimestres (18 quadrimestres-letivos no 1o Ciclo e 8 quadrimestres-letivos no 2o Ciclo).

Integral.

A infraestrutura física necessária à implantação do Bacharelado em Saúde Coletiva em cada campus (Campus Jorge Amado - Itabuna, Campus Sosígenes Costa - Porto Seguro e Campus Paulo Freire - Teixeira de Freitas) é a que se segue:

  • 1 Sala de aula com altura mínima de 3m, piso fácil de limpar e luz natural que venha de janelas, equipada com lousa branca de, no mínimo, 5,00 x 1,30, TV digital com acesso à internet e carteiras para 20 estudantes. O espaço destinado a cada carteira deve ser de, no mínimo, 1,60m² para a realização das atividades didáticas em “ilhas”, operacionalizando as Equipes de Aprendizagem Ativa; para 20 alunos, precisaríamos, então, de um espaço de no mínimo 32m², mas o ideal seria algo em torno de 45m². Pode ser a mesma estrutura que já é utilizada pelos cursos do Primeiro Ciclo.
  • 1 Laboratório de informática: sala com, no mínimo, 80m2 para 20 terminais de computador, dispostos na forma de U, com bancada dupla e circulação interna para o professor (Figura). Tela para Datashow. Armário. Mesa para o professor/tutor com terminal de computador. Este espaço reunirá indicadores epidemiológicos, demográficos e de gestão setorial em saúde (Sala de Situação em Saúde) e permitirá acesso aos principais portais de geoprocessamento e plataformas de EAD, recursos de ambientes virtuais, redes de comunicação e recursos pedagógicos multimeios.
  • 1 Biblioteca: com acervo científico, literário, instrucional, que permita o acesso: a) aos principais portais de periódicos, dissertações e teses, softwares gráficos, estatísticos e de geoprocessamento (preferencialmente bases de dados oficiais e softwares livres); b) às principais plataformas de EAD, recursos de ambientes virtuais, redes sociais de comunicação e recursos pedagógicos multimeios.

A infraestrutura poderá incluir Laboratório de promoção da saúde para o exercício de práticas coletivas sociointerativas, ludopedagógicas e vivenciais, e Laboratório de políticas e participação social em saúde para o desenvolvimento de processos e simulações consultivas, de construção de negociações e audiências públicas.

O ingresso no Primeiro Ciclo se dá pelo Enem/SISU de duas maneiras: (a) diretamente no quatro BI Saúde; (b) em Área Básica de Ingresso (ABI) para LI, com opção de conclusão no BI Saúde.

O ingresso no Bacharelado em Saúde Coletiva, curso de Segundo Ciclo, se dá por meio de Edital Público de processo seletivo de escolha de percurso formativo no Segundo Ciclo, da Pró-Reitoria de Gestão Acadêmica (PROGEAC), destinado a egressos do Primeiro Ciclo que tenham conseguido cumprir os requisitos necessários até a data de sua publicação.

Para concorrer às vagas do Bacharelado em Saúde Coletiva, o candidato deve preencher os seguintes critérios mínimos: a) Carga horária mínima de 2400 horas e aproveitamento em pelo menos 160 créditos; b) Aproveitamento Pleno na Grande Área do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde.

Havendo mais solicitantes do que vagas disponíveis, são convocados os candidatos por ordem classificatória obedecendo à pontuação obtida no Coeficiente de Rendimento Médio (CRM) referido no Artigo 3º da resolução 19/2014, que estabelece:

  1. Coeficiente de Rendimento da Formação Geral - CRFG (Peso 1): pontuando com esse peso todos os CCs Obrigatórios e Optativos cursados durante a Formação Geral, conforme a Resolução CONSUNI No 28/2015;
  2. Coeficiente de Rendimento no Núcleo Comum do BI Saúde - CRNC (Peso 1,5): pontuando com esse peso os CCs Obrigatórios e Optativos que fazem parte do Núcleo Comum do BI Saúde;
  3. Coeficiente de Rendimento na Área de Concentração - CRAC (Peso 2): pontuando com esse peso todos os CCs Optativos (540 horas) exigidos pela AC Estudos em Ambiente, Sujeitos e Coletividades em Saúde (EASCS).

A progressão para o Curso de Graduação em Saúde Coletiva obedece aos critérios gerais das políticas afirmativas definidas em Resolução própria pelo Consuni.

60 vagas anuais (20 em cada campus: Campus Jorge Amado - Itabuna, Campus

Sosígenes Costa - Porto Seguro e Campus Paulo Freire - Teixeira de Freitas).

DOCENTES MEMBROS DO COLEGIADO DO CURSO  

Ana Paula Pessoa de Oliveira - CV: http://lattes.cnpq.br/0652160058488780

Andrea Lizabeth Costa Gomes - CV: http://lattes.cnpq.br/3466267963315968

Antônio José Costa Cardoso - CV: http://lattes.cnpq.br/1233244962732194

Bilzã Marques de Araújo - CV: http://lattes.cnpq.br/1757235148534157

Gabriela Lamego - CV: http://lattes.cnpq.br/2425685102121342

Isabel Cristina Belasco - CV: http://lattes.cnpq.br/3801957093191516

Jane Mary de Medeiros Guimarães - CV: http://lattes.cnpq.br/4336422711827897

Lina Rodrigues de Faria - CV: http://lattes.cnpq.br/3627559799699510

Maria Luíza Caires Comper – CV: http://lattes.cnpq.br/6051743155702868

Raquel Siqueira da Silva - CV: http://lattes.cnpq.br/2255097911359893

Regina Maria da Costa Smith Maia - CV: http://lattes.cnpq.br/5420747653461684

Vanner Boere Souza - CV: http://lattes.cnpq.br/1874149140028384

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