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Escritas originárias para o mundo

Publicado: Sexta, 06 de Agosto de 2021, 19h52 | Última atualização em Sexta, 06 de Agosto de 2021, 20h06

Escritas originárias para o mundo

O projeto “Cartas dos(as) guardiões(ãs) da Terra e do Céu: experiência de escritas originárias das crianças indígenas para o mundo”foi um dos contemplados pelo edital 07/2020, destinado a apoiar atividades durante a pandemia. O projeto inspirou-se na agenda de compromissos proposta pela Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) com uma programação midiática intitulada “Abril Vermelho 2020”, mobilizando articulações em defesa da vida dos povos indígenas em tempos de corona vírus. Diante de dados alarmantesdo avanço da pandemiaem aldeias indígenas, a professora Marina Miranda, do campus Paulo Freire,resolveu constituir uma série de ações para visibilizar estes povos reverberando os seus modo de vida em consonância com a natureza, tecendo reflexões com o mundo e com as próprias aldeias que originalmente tem em seu bem viver os processos sustentáveis da vida, aportando e reverberando as “Ideias para adiar o fim do mundo”(Krenak, 2019) implicado ao contributo discursivo crítico aos modelos ocidentais em tempo pandêmico do corona vírus.

Assim nasceu este projeto de sucesso, que visa propor ações para as crianças e adolescentes das aldeias, a partir do mês de comemoração dos povos indígenas, no site institucional TUPIABÁ: projetos originários, composto de vários projetos de dois grupos de pesquisas NUPEEES-UFSB/GPITI/UFES, tendo como linha de conhecimentos roteiros para se pensar produções de trabalhos com povos de origem: indígenas, quilombolas, povos das águas, populações ribeirinhas, entre outros. “Neste propósito inauguramos o site em plena pandemia de Covid-19, distante dos espaços tempos da aldeia, para ser usada uma ferramenta tecnológica, tendo como objetivo mostrar ao mundo as problemáticas que invadem a aldeia, principalmente sob o ponto de vista das infâncias/juventudes, somado a esta questão conhecer seu modo de existir em consonância com a natureza”.

O espaço inaugurado do site como ferramenta midiática teve apoio por meio do edital da PROEX e hoje continua sendo uma referência fundamental entre as poéticas e pedagogias indígenas. Como ativista e atuantes no campo indígena, a professora Marina, com sua atividade inovadora, tem fortalecido a visibilidade da Educação Escolar Indígena, constituindo variadas atividades interativa/construtiva tendo como dispositivos escritas de cartas para aldeia. “Desejamos colabora com as aldeias lançando para o mundo o aporte de conhecimentos das escritas originárias de crianças e professores indígenas. Nesta espiritualidade de conhecimento, propomos escritas de cartas, do mundo para as crianças e das crianças para o mundo, criando uma interlocução em tempo de pandemia”, declara a professora em seu projeto.

Essa correspondência do mundo para as crianças indígenas é realizada via correio eletrônico, em uma plataforma oficial na internet projetotupiaba.com.br inaugurada no dia 19 de abril de 2020 para consagrar como uma ação inspirada no “Abril Vermelho”, como uma legítima homenagem à comemoração da existência e resistência dos povos indígenas do Brasil. O projeto Tupiabá, que encorpa a energia planetária do professor indígena Ailton Krenak incorporando suas “ideias para adiar o fim do mundo”, continua sendo altamente reconhecido em nível nacional. O projeto rendeu inúmeros desdobramentos, como parcerias com inúmeras entidades da área de educação e pessoas envolvidas com a causa indígena, além da publicação de livro, alcançando expressivo sucesso.

Visite: http://projetotupiaba.com.br/

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